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Salvador, BA, Brazil
Mestrando na área de saúde, acompanha a Formula 1 desde o início da década de 1990. Entusiasta no cuidado automotivo, leitor e colecionador de revistas especializadas e livros sobre Ayrton Senna.

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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

GP BRASIL - INTERLAGOS 2012 E A DECISÃO DO CAMPEONATO

O campeonato de F1 de 2012 foi finalizado e decidido no dia 25 de novembro, muito já se falou, ampla cobertura da mídia, mas deixo aqui minhas impressões, novamente criticando os erros nas transmissões.
 
 
A corrida começa e em nenhum momento foi abordado sobre o uso do DRS, se estava proibido, a previsão para o uso etc.
 
GP Brasil 2012
 
Após o acidente com Vettel, Bruno Senna retorna andando aos boxes, Galvão diz que acha que o viu, demorando bastante para identificá-lo. Se o narrador não percebe, deveria ser informado pela produção
 
Schumacher insistindo em permanecer na F1. Não por diversão, não por paixão, não por vontade de vencer e sim em razão de investimentos mal sucedidos em terras árabes, voltou por dinheiro. Imaginou que voltaria em um carro vencedor, como sempre esteve acostumado (a Mercedes comprou a Brawn GP, equipe que dominou a temporada de 2009), mas com carros medianos não justificou o retorno. Durante a temporada 2010 alteraram a distância entre eixos para favorecê-lo. Na verdade prejudicou momentaneamente Rosberg, que vinha andando bem e seguidamente voltou a superá-lo. Em determinado momento da corrida, abriu para Vettel passar, lembrei de Michele Alboreto, que teve bons momentos na Ferrari e após amargou temporadas nas fracas Footwork e Minardi, esta última em 1994, sua despedida da F1.
 
Voltando à corrida, senti falta de os narradores abordarem, com mais freqüência, maiores informações, em tempo real, sobre a previsão do campeonato de acordo com as colocações. Aparecia na tela a previsão do campeonato de construtores, a disputa entre McLaren e Ferrari pela segunda posição, apenas Reginaldo Leme percebeu e comentou.
 
Hulkenberg em uma grande corrida, rememorando o feito de 2010, quando fez a pole, mas forçou demasiadamente um carro mediano, cometendo erros e comprometendo o bólido (câmbio). Seria o 9° vencedor do ano. Forçou demais para cima de Hamilton, tirando o britânico da corrida. Foi punido mas não deveria, pois tratou-se de um acidente de corrida.
 
Vettel e Alonso apresentaram-se bastante tensos, apesar de experientes. Ambos costumam levar esta tensão para a pista.
 
Sebastian Vettel pré-largada
 
Na volta 57 volta a chover, Alonso não consegue se manter na pista e coloca pneus intermediários. Mais adiante, peças do carro de Vettel soltam-se e Galvão não percebe nem comenta.
 
Alonso fez sua parte, andando bem mais do que o carro permitia durante toda a temporada. Lembrem-se da porcaria que foi a Ferrari no primeiro semestre do ano.
 
Para a felicidade de Vettel, Di Resta bate na curva do café, obrigando a entrada do Safety Car, em um momento de chuva forte.
 
Vettel tricampeão “three years in a row”, o mais jovem piloto a alcançar tal feito. Sem dúvida um grande feito, mas não o considero o melhor piloto da temporada, lembrem-se também, como no início do ano o alemão penou para obter boas colocações, se irritando inclusive com os maus resultados, ou seja, sem o melhor carro não fez nenhum milagre. Mas fez uma grande prova de recuperação após o acidente com Bruno, mesmo com o carro danificado.
 
Pódio - Interlagos 2012
 
Tive muitas restrições com Alonso como pessoa, suas frequentes ações que prejudicaram Felipe Massa (ultrapassá-lo na entrada dos boxes, o brasileiro obrigado a ceder sua posição, etc.), apesar de este ter assumido o papel de segundo piloto, como reza seu contrato, além de estar sempre criticando os adversários e suas equipes. Contudo, foi o piloto que demonstrou melhor técnica, maior superação de adversidades, conseguindo resultados em momentos improváveis.
 
Uma temporada marcada pelo equilíbrio, com provas muito disputadas e diversas equipes alcançando vitórias, contudo, continuo achando absurdos os artifícios da asa móvel e do kers. Mas há muito a F1 tem como maior interesse o aspecto comercial, e se aumenta as ultrapassagens e o interesse do público, continuarão a ser utilizados. Já se cogitou até chuva artificial... Muitas mudanças visaram o aumento da segurança e a diminuição de custos, mas gostaria muito de ter visto a F1 sem restrições, como a Williams com câmbio CVT, que estava prevista para a temporada de 1994, já que muitas destas inovações migram para os automóveis de rua, além de motores mais potentes e mais econômicos.
 
Breve entraremos na pré-temporada 2013, vamos aguardar a definição das vagas restantes para apresentar as equipes.
 
Vettel comemorando com sua equipe
 
Para finalizar, mais algumas pérolas do Sérgio Maurício na SporTV:
 
Alonso aquecendo pneus antes de alinhar no grid e SM dizendo que era Hamilton, que era o pole position e estava à frente do espanhol.
SM afirmando: “Ainda não pode usar a asa móvel”.
Lito Cavalcati corrigindo: “Já pode”.
SM: “Já pode usar a asa móvel”.
 
“Lá vem Felipe pra cima do Kobayashi, desculpe, Alonso pra cima do Koba”.
 
Volta 56: “Alonso indo para os boxes”. Na verdade ele estava lento por causa da chuva.
 
Tá ligado?
 
 
Referências

2 comentários:

  1. O que é o câmbio CVT, Faez?
    Esses caras da transmissão só dão fora, né? kkkkkk

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    Respostas
    1. Continuously Variable Transmission. Câmbio baseado em polias em vez de engrenagens. Considerado mais econômico e mais eficiente por aproveitar 100% da potência do motor. Esta figura do wikipedia explica bem o mecanismo:
      http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d7/GearBoxRotRotVar.gif
      Quanto às transmissões, os caras se acomodaram, deveriam se preparar melhor, ou simplesmente prestar atenção à corrida e à tela.

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