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Salvador, BA, Brazil
Mestrando na área de saúde, acompanha a Formula 1 desde o início da década de 1990. Entusiasta no cuidado automotivo, leitor e colecionador de revistas especializadas e livros sobre Ayrton Senna.

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domingo, 15 de abril de 2012

AUTOMOBILISMO NO CINEMA - DIAS DE TROVÃO (DAYS OF THUNDER), 1990

Madrugada de 17 de março, estava assistindo o treino oficial de F1 do GP da Austrália 2012, primeira etapa da temporada, quando ao fim Galvão anuncia: “a velocidade continua na tela da Globo. Dias de Trovão...”. Como pretendia criar um espaço sobre Automobilismo no Cinema, e iria incluir este filme, seria uma boa oportunidade de revê-lo e começar a postagem.
DVD Dias de Trovão
Foto: IMDB

Já havia uns 15 anos, pelo menos, desde a última vez que assisti ao filme. Recordava-me que tratava-se de um filme sobre corridas de NASCAR; Tom Cruise no papel principal (Cole Trickle); da crítica na época que relatava muita semelhança com Top Gun, de 1986; da disputa com um rival dentro e fora das pistas e não lembrava muito mais que isso.

Cruise como Cole Trickle
A estória é centrada em um ex-piloto de Formula Indy, que é convidado a pilotar em uma equipe da NASCAR, liderada por um construtor de carros de corridas. No primeiro teste, em um carro emprestado por um piloto experiente: Rowdy Burns (Michael Rooker), anda mais rápido que este (lembra alguém?) e é contratado para pilotar por uma equipe pequena, iniciante e sem patrocinadores relevantes.
Ao começar a correr, cria rivalidade com o piloto dos testes, que joga duro, provocando uma série de acidentes. A inexperiência (?!?) do piloto em acertar o carro (muito estranho, visto que trata-se de um ex-piloto da Indy, que abandonou a categoria após uma sequência de sete vitórias) faz com que o chefe de equipe o oriente sobre como poupar motor, pneus, etc, etc. e a partir de então passa a melhorar seu desempenho, vencendo uma corrida e atraindo patrocínio.

Um dos carros de Trickle
Foto: Wikimedia
A seguir, envolve-se em um acidente com Burns, ficando ambos afastados das corridas. A partir de então, uns 40 minutos de xaropada (já que tinha que atrair e agradar também o público feminino), com o envolvimento do piloto com a médica que o atendeu (Nicole Kidman, não me lembrava dela neste filme, talvez por não ser muito conhecida na época) e de uma súbita mudança de atitude, iniciando uma amizade com o ex-rival, que agora está impedido de  competir devido a danos neurológicos provocados pelo acidente.

Kidman e Cruise
O substituto enquanto Trickle estava afastado, muda de equipe, e após seu retorno, torna-se seu novo adversário, jogando sujo como o antigo rival.
O filme tem algumas cenas absurdas, como:
1) A corrida de cadeiras de rodas que os pilotos realizam no hospital;
2) Os pilotos são obrigados a ir a um jantar com os diretores da equipe no mesmo carro, mas ambos se recusam e alugam carros e promovem um racha nas ruas, acabando com os veículos;
3) Após um grande acidente o piloto avisa que está com a transmissão travada e que vai para os boxes. Surge de uma nuvem de fumaça em marcha ré, e assim segue para o pit.
Ao assistir o filme, vi algumas semelhanças com eventos ocorridos com Ayrton Senna, ou da visão que a imprensa internacional tinha do piloto, como algumas falas do filme: “ele tem muito talento, e só quer vencer”; “tenho muito mais medo de não ser ninguém do que ser ferido”; o fato de o piloto superar os tempos de um piloto mais experiente (PRIMEIROS TESTES DE SENNA NA F1 - 1983), já citado anteriormente. Como o filme é de 1990, o roteiro pode ter sido inspirado parcialmente na história do piloto. Outra semelhança é o drible que Cole faz em Russ Wheeler (Cary Elwes), na última curva da Daytona 500: conforme vídeo abaixo, a partir de 1:50...
Vídeo: Dias de Trovão, últimas voltas.
 
...e este de Senna ultrapassando Hill no GP do Brasil em 1993:
Vídeo: Senna x Hill, Interlagos, 1993
 
Contudo o filme é de três anos antes, e os demais eventos podem ser apenas “mera coincidência”, visto que os EUA em sua maioria tem um histórico de desdém para com a Formula 1. Vi alguns boatos na internet, mas nada confirmado.
 
Dentre as semelhanças com Top Gun, visualizei: os protagonistas possuem motos (porém de estilos diferentes); a trilha sonora (inclusive a morte de Goose e a última corrida de Trickle) tem músicas muito parecidas; as tomadas são muito semelhantes; os dois pilotos apresentam um bloqueio psicológico (Maverick após a morte de Goose e Cole após o acidente). Tony Scott e Jerry Bruckheimer participaram da direção e da produção de ambos, respectivamente.
 
Após rever o filme veio o seguinte pensamento: “Na época parecia um filme mais interessante”. Mas lá se vão mais de duas décadas, são tempos diferentes, a visão de hoje não é a mesma, não só com este, mas também com outros filmes daqueles idos. Mas o que fica é que foi um bom filme, que de certa forma inovou para aquela geração, trazendo para o cinema de entretenimento o mundo das corridas, e hoje continua sendo uma boa opção para o fã de automobilismo.

Após 21 anos, o ator teve a oportunidade de entrar na pista novamente, desta vez a bordo de um F1. Foi em agosto de 2011, realizando testes pela Red Bull, no circuito de Willow Springs, Califórnia, em um evento promocional.


Cruise com o capacete de Vettel
O americano chegou próximo dos 300km/h, em 24 voltas, seguindo a orientação do ex-piloto escocês, David Coulthard.

Coulthard e Cruise
Foto: Red Bull

É isso aí, breve outros filmes serão vistos por aqui, aguardem.

Referências

IMDB - Dias de Trovão
IMDB - Top Gun
Red Bull

domingo, 1 de abril de 2012

VIDEOGAME - AYRTON SENNA'S SUPER MONACO GP 2

No post anterior, citei uma foto em um cartão telefônico e sua utilização por outra mídia. Aqui estão:


Trata-se do jogo de Mega Drive/Sega Genesis, Ayrton Senna’s Super Monaco GP 2.


Continuação do Super Monaco GP, excelente jogo de Formula 1, no qual você deverá desafiar um oponente de uma equipe superior e após vencê-lo duas vezes, conquistará o direito de integrar sua equipe, e assim sucessivamente até alcançar o carro do melhor time, sendo possível porém ser campeão, mesmo com carros inferiores, depende apenas de sua habilidade nos 16 circuitos da temporada. É possível utilizar câmbio de quatro marchas automático ou manual ou o de sete marchas manual (mais veloz).

Vídeo: Introdução, Super Monaco GP 2

Fonte: Powersonic

Esta segunda versão foi feita sob supervisão de Senna, o que corrigiu alguns erros do jogo anterior, como as zebras que diminuíam a velocidade do carro, o excesso de placas ao lado da pista e a velocidade máxima de 428km/h para cerca de 330km/h, mais condizente com a realidade.

 Abaixo, uma imagem de uma propaganda veiculada nas revistas de videogame da época (Ação Games, Videogame, Supergame, etc). A página com capacete foi por um bom tempo um pôster colado na parede de meu quarto, nos idos de 1992. Fiquei de emoldurar, mas sempre adiei até que desbotou e não valia mais a pena.


Era um jogo muito bom na época. A cada temporada era possível continuar por mais um ano em busca de um novo título, defendendo sua equipe dos rivais para não perder o lugar na escuderia.

Dizia-se que após vencer por 10 temporadas realmente zerava o jogo, mas comprovei que era boato. Um dos circuitos do jogo era do kartódromo particular do piloto, em sua fazenda em Tatuí-SP.


O jogo foi feito também para Arcade, Master System e Game Gear. Na primeira versão era necessário anotar imensos passwords caso desejasse desligar o videogame e posteriormente continuar de onde parou. O segundo possuía uma pequena bateria que permitia salvar o jogo.
Quem tem cerca de 30 anos e jogou Mega Drive na época certamente conhece o jogo. Fica aí o review.