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Mestrando na área de saúde, acompanha a Formula 1 desde o início da década de 1990. Entusiasta no cuidado automotivo, leitor e colecionador de revistas especializadas e livros sobre Ayrton Senna.

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domingo, 23 de dezembro de 2012

TRÍPLICE ANIVERSÁRIO – BLOG SENNABR, 1 ANO

Nesta semana, três aniversários a comemorar:

O primeiro é um offtopic. Quem acompanhava F1 nos domingos dos anos 1980-90, pode não conhecer este nome, mas certamente já ouviu sua voz na Sessão da Tarde, Tela Quente, Supercine e Sessão das Dez. Trata-se de André Filho, dublador que se vivo estivesse, completaria 66 anos.

O segundo refere-se aos 20 anos do teste de Senna na Formula Indy, o que deixou os cartolas da F1 bastante preocupados, com a possível perda do piloto para a categoria norte americana.

O terceiro é o aniversário de um ano deste blog, com postagens bastantes visitadas, superando e muito a expectativa inicial.

Blog SennaBR, 1 ano

ANIVERSÁRIO DO DUBLADOR ANDRÉ FILHO

Nos idos dos anos 80 do século XX, havia uma febre no cinema referente aos filmes de ação e aventura. Cerca de três anos após aparecer na tela grande, os filmes eram exibidos na TV. Dada a versatilidade dos dubladores nacionais, ou talvez a pouca demanda de profissionais nesta área, era comum que estes abrangessem diversos trabalhos.

O dublador André Filho
Foto: Orkut

No caso específico de André Filho, minha primeira lembrança dele foi na série de filmes do Superman, com Christopher Reeve. Um personagem com uma voz que transmitia confiança, força e humildade. Somente através da internet e anos após, soube que André também dublava Silvester Stallone na maioria dos filmes da série Rocky, com um tom mais grave e comedido, assim como Cobra, com frases clássicas como: “Você é um câncer, e eu sou a cura”, e em Rambo e Falcão, o Campeão dos Campeões. 

Algumas dublagens de André Filho
Fonte: Canal de David Banner, visitem para mais trabalhos do dublador.

Também era possível ouvir André dublando Steve Martin, Burt Reynolds (Agarra-me Se Puderes – Smokey and the Bandit), Roger Moore e Sean Connery em 007. Nos filmes de Connery houve dublagens marcantes como em Caçada ao Outubro Vermelho, Highlander, Indiana Jones e a Última Cruzada, em um tom grave e arrastado, dando um toque carioca ao sotaque inglês de Sean.


Nesta cena com o igualmente grande Garcia Jr. dublando Lambert: 

André dublando Sean Connery em Highlander

Também dublou Ray Liotta em Obsessão Fatal e Steven Seagal em Nico – Acima da Lei, que, por acaso ou não, passou ontem no TCM; Nicolas Cage em Arizona Nunca Mais, Morgan Freeman em Robin Hood, também fez a voz de KITT em A Super Máquina, além de desenhos como Zan, um dos Super Gêmeos, em Superamigos, o diretor Skinner e Sideshow Bob em Os Simpsons e inclusive cantando como Sebastião em A Pequena Sereia. Ainda hoje é possível ouvi-lo em canais com filmes e/ou séries antigas como em pequenas participações em Barrados no Baile.

André atuando em filme

Elis Regina disse que se Deus tivesse uma voz, seria a de Milton Nascimento. Eu O imagino com a voz de André Filho, que faleceu em 1997, mas como já citei sobre Senna: “Vai o homem mas fica seu legado”. O Orkut e o Facebook possuem páginas sobre o dublador, acompanhem.

20 ANOS DO TESTE DE SENNA NA PENSKE/FORMULA INDY

Ao final de 1992, mais precisamente em 20 de dezembro, Ayrton Senna descontente com a péssima McLaren-Honda que não contava mais com grandes investimentos e interesse da montadora japonesa, e sem grandes expectativas para 1993 (já que Prost ao retornar vetou qualquer possibilidade de Senna como companheiro na Williams-Renault) aceitou o convite de Emerson Fittipaldi para testar sua Penske-Ilmor/Chevrolet.

Ayrton Senna testando a Penske de emerson Fittipaldi em 1992

O teste foi realizado no circuito de Firebird, Phoenix, Arizona, pequeno e estreito como definiu o “rato”, mais parecido com um kartódromo. Emerson deu algumas voltas para ajustar o carro, a equipe colocou algumas almofadas para melhor acomodar Ayrton, que era menor que o anfitrião e Senna foi para a pista. Após duas a três voltas superou o tempo do amigo. Senna disse que o carro avisava ao piloto como ia se comportar. Talvez em razão da suspensão mais macia que dos F1 da época.

Lembro de ter lido em algum lugar que Ayrton disse: “aqui dá pra fazer alguma coisa como piloto”. Disse também: “O Penske me lembrou os velhos tempos da F1, onde o lado humano era o fator mais importante. Hoje os F1 são tão sofisticados que o computador faz grande parte do trabalho de guiar o carro por você”, uma forte crítica às assistências eletrônicas da época, que minimizavam o papel do piloto.

Senna na Penske-Ilmor Chevrolet, 1992

Um dia eu vou guiar este carro, é só uma questão de tempo”, disse Ayrton, talvez fosse a melhor opção para 1993/94, mas o piloto estava em seu auge e sempre priorizou à F1.

Senna iria pilotar no oval de Phoenix, mas por prudência de Roger Penske, apenas observou Emerson. Segundo Fittipaldi, ele se posicionou próximo ao muro, em uma curva para observá-lo, algo bastante inusitado. Senna iria correr as 500 milhas de Indianápolis de 1993, pela Penske, mas Ron Dennis não liberou o piloto.

Senna tinha certa liberdade da McLaren para testes deste tipo, apesar de que, seria bastante improvável nos dias de hoje, fazê-lo utilizando o macacão com patrocinadores conflitantes, como Honda x Chevrolet, apesar da Marlboro em comum. Talvez utilizasse um como o do evento de kart em Bercy, 1993:

Senna e Prost no Bercy - França ELF Master Karting Indoor
Fonte: Prostfan.com

ANIVERSÁRIO - 1 ANO DO BLOG SENNABR

No dia 21 de dezembro, o Blog SennaBR completou um ano de sua primeira postagem. O blog foi criado com o objetivo de reviver a história do piloto Ayrton Senna, explanar sobre os automóveis comuns do dia a dia e abordar a F1 atual eventualmente.

As matérias mais visitadas são:


As visitas à postagem sobre o Gol demonstra o grande interesse por um carro de entrada e de preço acessível, em um mercado de tantas opções. A do motor 1.0 veio para trazer novas informações, sobre cilindrada x consumo, juntamente com a diferença de rotação entre os motores. Sobre as lavadoras, ainda há muita dúvida sobre seu funcionamento e a matéria auxilia neste sentido. A matéria sobre a coleção de cartões telefônicos tem sido visitada por pessoas que têm este hábito, além de fãs de Senna e da F1. Já a postagem sobre o trânsito de Salvador, pelos soteropolitanos insatisfeitos com o trânsito caótico da cidade.

Neste um ano, o blog teve cerca de 14700 views, muito mais do que eu esperava, já que meu objetivo era fazer uma homenagem pessoal. Fico satisfeito também com a constante procura de informações sobre Ayrton Senna, visto que acreditava que sua história estava bastante relegada pelos brasileiros. Noto também bastantes visitas originadas de outros países, como EUA, Portugal, Rússia, Alemanha, Reino Unido etc.

Visitas por país em um ano
Fonte: Blogger

Visitas de brasileiros que estão morando em outros países e estrangeiros também, já que há sites que permitem traduzir para diversas línguas, além de um aplicativo que permite a tradução no próprio blog.

O recurso de busca por imagens também possibilitaram as visitas ao blog.

O objetivo inicial foi de postar pelo menos uma matéria por semana. Mas o blog trata-se de um hobby, e assim como disse o amigo Claudio F1: “todo trabalho bem feito demanda tempo”, e com as atividades do cotidiano fica bem difícil atualizá-lo com maior frequência.

Há muitas pautas para desenvolver e postar recentemente, como:

Conservação e Limpeza do Ar Condicionado Automotivo;
Dicas de Direção Econômica
Stock Car 2012 – Salvador

Boa parte delas está bem adiantada, mas, como sempre, falta tempo. À medida que forem criadas, serão “linkadas” aqui.

Senna na McLaren-Honda

É isso aí, completamos um passo de um grande jornada, já que espero comentar todos os GPs disputados por Senna e continuar trazendo outros assuntos de interesse dos fãs de automobilismo e entusiastas de automóveis. Breve novas postagens, de modo a manter tudo justo...

Abraço e continuem acompanhando.

Foto: Stock Car, etapa de Salvador, 2012


Referências

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

GP BRASIL - INTERLAGOS 2012 E A DECISÃO DO CAMPEONATO

O campeonato de F1 de 2012 foi finalizado e decidido no dia 25 de novembro, muito já se falou, ampla cobertura da mídia, mas deixo aqui minhas impressões, novamente criticando os erros nas transmissões.
 
 
A corrida começa e em nenhum momento foi abordado sobre o uso do DRS, se estava proibido, a previsão para o uso etc.
 
GP Brasil 2012
 
Após o acidente com Vettel, Bruno Senna retorna andando aos boxes, Galvão diz que acha que o viu, demorando bastante para identificá-lo. Se o narrador não percebe, deveria ser informado pela produção
 
Schumacher insistindo em permanecer na F1. Não por diversão, não por paixão, não por vontade de vencer e sim em razão de investimentos mal sucedidos em terras árabes, voltou por dinheiro. Imaginou que voltaria em um carro vencedor, como sempre esteve acostumado (a Mercedes comprou a Brawn GP, equipe que dominou a temporada de 2009), mas com carros medianos não justificou o retorno. Durante a temporada 2010 alteraram a distância entre eixos para favorecê-lo. Na verdade prejudicou momentaneamente Rosberg, que vinha andando bem e seguidamente voltou a superá-lo. Em determinado momento da corrida, abriu para Vettel passar, lembrei de Michele Alboreto, que teve bons momentos na Ferrari e após amargou temporadas nas fracas Footwork e Minardi, esta última em 1994, sua despedida da F1.
 
Voltando à corrida, senti falta de os narradores abordarem, com mais freqüência, maiores informações, em tempo real, sobre a previsão do campeonato de acordo com as colocações. Aparecia na tela a previsão do campeonato de construtores, a disputa entre McLaren e Ferrari pela segunda posição, apenas Reginaldo Leme percebeu e comentou.
 
Hulkenberg em uma grande corrida, rememorando o feito de 2010, quando fez a pole, mas forçou demasiadamente um carro mediano, cometendo erros e comprometendo o bólido (câmbio). Seria o 9° vencedor do ano. Forçou demais para cima de Hamilton, tirando o britânico da corrida. Foi punido mas não deveria, pois tratou-se de um acidente de corrida.
 
Vettel e Alonso apresentaram-se bastante tensos, apesar de experientes. Ambos costumam levar esta tensão para a pista.
 
Sebastian Vettel pré-largada
 
Na volta 57 volta a chover, Alonso não consegue se manter na pista e coloca pneus intermediários. Mais adiante, peças do carro de Vettel soltam-se e Galvão não percebe nem comenta.
 
Alonso fez sua parte, andando bem mais do que o carro permitia durante toda a temporada. Lembrem-se da porcaria que foi a Ferrari no primeiro semestre do ano.
 
Para a felicidade de Vettel, Di Resta bate na curva do café, obrigando a entrada do Safety Car, em um momento de chuva forte.
 
Vettel tricampeão “three years in a row”, o mais jovem piloto a alcançar tal feito. Sem dúvida um grande feito, mas não o considero o melhor piloto da temporada, lembrem-se também, como no início do ano o alemão penou para obter boas colocações, se irritando inclusive com os maus resultados, ou seja, sem o melhor carro não fez nenhum milagre. Mas fez uma grande prova de recuperação após o acidente com Bruno, mesmo com o carro danificado.
 
Pódio - Interlagos 2012
 
Tive muitas restrições com Alonso como pessoa, suas frequentes ações que prejudicaram Felipe Massa (ultrapassá-lo na entrada dos boxes, o brasileiro obrigado a ceder sua posição, etc.), apesar de este ter assumido o papel de segundo piloto, como reza seu contrato, além de estar sempre criticando os adversários e suas equipes. Contudo, foi o piloto que demonstrou melhor técnica, maior superação de adversidades, conseguindo resultados em momentos improváveis.
 
Uma temporada marcada pelo equilíbrio, com provas muito disputadas e diversas equipes alcançando vitórias, contudo, continuo achando absurdos os artifícios da asa móvel e do kers. Mas há muito a F1 tem como maior interesse o aspecto comercial, e se aumenta as ultrapassagens e o interesse do público, continuarão a ser utilizados. Já se cogitou até chuva artificial... Muitas mudanças visaram o aumento da segurança e a diminuição de custos, mas gostaria muito de ter visto a F1 sem restrições, como a Williams com câmbio CVT, que estava prevista para a temporada de 1994, já que muitas destas inovações migram para os automóveis de rua, além de motores mais potentes e mais econômicos.
 
Breve entraremos na pré-temporada 2013, vamos aguardar a definição das vagas restantes para apresentar as equipes.
 
Vettel comemorando com sua equipe
 
Para finalizar, mais algumas pérolas do Sérgio Maurício na SporTV:
 
Alonso aquecendo pneus antes de alinhar no grid e SM dizendo que era Hamilton, que era o pole position e estava à frente do espanhol.
SM afirmando: “Ainda não pode usar a asa móvel”.
Lito Cavalcati corrigindo: “Já pode”.
SM: “Já pode usar a asa móvel”.
 
“Lá vem Felipe pra cima do Kobayashi, desculpe, Alonso pra cima do Koba”.
 
Volta 56: “Alonso indo para os boxes”. Na verdade ele estava lento por causa da chuva.
 
Tá ligado?
 
 
Referências

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

AYRTON EM ANIME – SENNA, THUNDER PRINCE

 
O estudante de propaganda e marketing, Rafael Garutti, criou um projeto de graduação baseado na carreira de Ayrton Senna. Trata-se de um anime do piloto, com os traços característicos dos populares desenhos japoneses.
 
 
A iniciativa teria se inspirado na antiga parceria McLaren-Honda que fez tantos fãs na “Terra do Sol Nascente”.
 
 
 
Os desenhos, contudo, apresentam o personagem rejuvenescido, o que o aproxima bastante do público que tradicionalmente acompanha este tipo de animação.
 
 
Uma das justificativas para a criação seria exatamente esta: aproximar o público jovem da história do piloto.
Não está bem claro se haverá episódios descrevendo a carreira do piloto, mas o fato já tomou repercussão mundial, com vários sites reproduzindo as imagens.

 
 
Em todo caso, parabéns Rafael, pela excelente iniciativa. Ainda na graduação e já está alcançando sucesso global, aguardamos as publicações.
 
 
 
 
 
Olê, Olê, Olê... Senna, Senna...
 
Vídeo: Senna - Thunder Prince
 
 
Atualizando. Imagem lançada em 25/12/2012:
 
Senna na Lotus-Camel de 1987
 
 
 
Referências