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Salvador, BA, Brazil
Mestrando na área de saúde, acompanha a Formula 1 desde o início da década de 1990. Entusiasta no cuidado automotivo, leitor e colecionador de revistas especializadas e livros sobre Ayrton Senna.

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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

GP DOS ESTADOS UNIDOS. AUSTIN, 2012 E A SOFRÍVEL TRANSMISSÃO DA SPORTV

...ou: Sérgio Maurício quer ser Galvão Bueno.
 
 
Inicialmente, iria postar resenhas sobre cada GP durante a temporada de F1 de 2012, mas com a escassez de tempo ficou impraticável. Por outro lado, existem outros blogs que acompanho que já desempenham este papel muito bem, como os listados abaixo, que recomendo a todos:
 
 
Contudo, as duas últimas corridas do ano merecem uma atenção especial. O GP dos EUA ficou marcado no Brasil por não ser transmitido pela Globo, que priorizou os jogos de futebol em que os times apenas cumpriam tabela, visto que o campeão já estava definido antecipadamente.
 
 Imagem: Rede Globo
 
A alternativa foi acompanhar pelo canal fechado SporTV, que tradicionalmente transmite os treinos livres ao vivo, e a qualificação e a corrida em horários alternativos.
 
Durante os treinos livres é possível ver situações curiosas, como a instalação de sensores e aplicação de tinta fluorescente para melhor avaliação do desempenho aerodinâmico. Todavia, o som é muito mal ajustado, é possível ouvir os sons dos motores de forma muito alta enquanto a narração e os comentários ficam abafados.
 
 
Eventualmente vinha assistindo alguns destes treinos com os excelentes comentários de Lito Cavalcanti, mas o ponto negativo é a narração de Sérgio Maurício. Certamente ele está na equipe SporTV-Globo por méritos, não conheço sua trajetória, mas ele segue a escola de Galvão de errar muito durante a transmissão, com a diferença de reconhecer os erros e fazer graça deles e de ficar detalhando informações banais e desnecessárias. Algo que talvez passe despercebido por quem não acompanha as corridas com frequência, mas que incomoda demasiadamente aos mais atentos, que buscam informações minuciosas durante os GPs.
 
 Screenshot da "pilha" de SM
 
SM é frequentemente corrigido pelos telespectadores via twitter e ele mesmo diz: “hoje eu estou demais”:
 
Ficou explicando o que significava aquela “pilha” na tela, dizendo que tratava-se do KERS, que ia baixando quando o piloto apertava o botão;
 
Narrou uma ultrapassagem da STR com grande emoção, quando na verdade era replay;
 
Disse que Bruno Senna perdeu a posição para Button, mas Bruno havia se defendido e retomado a colocação;
 
Webber praticamente parado na área de escape e ele dizendo que o australiano estava perdendo muitas posições, até Lito alertar que ele abandonou;
 
Afirmou que Hamilton estava poupando os pneus quando pelo contrário, já estavam bastante desgastados na última freada, impedindo o piloto de seguir com melhores tempos;
 
Ricciardo já havia ultrapassado Raikkonen e SM não percebeu, depois corrigiu;
 
Disse que os helicópteros estavam a todo instante decolando e pousando, quando os helicópteros da TV realizavam rasantes, para transmitir a corrida;
 
Vettel e Hamilton ultrapassaram a Marussia de Glock, ele disse que era a Caterham de Petrov, depois corrigiu;
 
Categorizou: “a ultrapassagem é inevitável”, sobre Hamilton versus Vettel. O alemão não só evitou, como fez a melhor volta da prova por duas vezes até aquele momento (curiosamente, no VT da Globo Galvão disse a mesma coisa);
 
SM narra: “Hamilton chegando perto de Vettel, que defende para um lado e para outro”. Era Button se aproximando de Grosjean;
 
Sobre a corrida, não há muito mais a acrescentar, visto que os grandes sites já explanaram amplamente. Apenas observei a F1 com cara de F-Indy, com aquela espetacularização do evento, inclusive com Mario Andretti entrevistando os pilotos no pódio. A TV local transmitiu a largada de uma péssima posição, da diagonal direita, ao mesmo nível dos carros, mal focalizando os dez primeiros carros, ao contrário da visão frontal e elevada de outros GPs:
 
Largada do GP dos EUA, 2012
Fonte: TheMarioGP
 
Ao final, SM sai com mais uma, ao ver os pilotos com chapéus da Pirelli estilizados como cowboys: “são os cowboys do asfalto”, lembrei dos “gladiadores do terceiro milênio” do Galvão.
 
 
Foto: Prexamples
 
SM quer ser Galvão, não aquele narrador de outrora, que torcia junto com o telespectador, transmitindo emoção, e sim o de agora, que comete demasiados erros, comprometendo muito a qualidade da transmissão.
 
Clique aqui para acompanhar a resenha sobre o GP do Brasil 2012, a decisão do título e sobre a temporada em geral.

domingo, 11 de novembro de 2012

TOP TEN CARROS - MAIS BONITOS DA F1 (PARTE 2)

Continuando a postagem sobre os 10 carros mais bonitos da F1, os cinco primeiros classificados:
 
5° lugar) Lotus Renault GP Team R31 Renault RS27 V8 – 2011. – Para 2011, a Renault F1 Team, assume o nome Lotus, vencendo o embate legal contra a Caterham F1 Team pelo nome da tradicional escuderia. A equipe decide também resgatar o layout com as cores preta e dourada, famoso nos anos 70 e 80 nos carros de Emerson Fittipaldi, Ayrton Senna e Nigel Mansell. As cores remetem ao patrocínio da JPS, e portanto, houve certa polêmica em países que proíbem a propaganda. A princípio, pareceu forçado, mas a pintura clássica caiu muito bem com o design moderno, e como ainda não havia os terríveis “bicos de ornitorrinco”, o carro daquele ano foi o escolhido. O capacete de Bruno Senna também remetia àquelas Lotus de 1985-86 de Ayrton.

Lotus Renault R31 - 2011
Foto: Farm7
 

4° lugar) Ligier Gtns Blondes JS39B Renault RS6 V10 – 1994. A tradicional equipe e seu hábito de manter o conjunto francês (motor, patrocínio, pilotos), surge para a temporada de 1994 com o potente e confiável motor Renault, mas com pilotos medianos (Olivier Panis, Eric Bernard, Frank Lagorce, Johnny Herbert) e um chassi limitado. Obteve a segunda e terceira colocação na Alemanha em uma corrida com muitos abandonos e quebras de motor. Curiosamente, Christian Fittipaldi quase foi ao pódio com uma Footwork-Ford, alcançando a quarta colocação. Ao final do ano, Schumacher testa este carro, visando estudar o motor Renault que iria para a Benetton na temporada seguinte, obtendo tempos superiores aos dos pilotos da casa. O carro foi escolhido principalmente pela cor azul, que homenageia o automobilismo francês. Um tom próximo ao royal, com detalhes em branco,  preto, e vermelho, clean, elegante e clássico.


Ligier Renault JS39 - 1994
  
3° lugar) West McLaren Mercedes MP4/12 Mercedes-Benz FO 110E V10 – 1997. Após mais de 20 anos de parceria com a Mrlbr, a equipe firma contrato com outra marca, a Wst. Com este carro, David Coulthard conquista a primeira vitória da equipe desde o GP da Austrália de 1993, última corrida vencida por Senna. A equipe havia encomendado a três companhias publicitárias o novo layout do carro com as cores prateada, preta e vermelha. A companhia vencedora apresentou um projeto muito bonito e inovador, com a predominância do prateado da Mercedes e combinações que remetiam a impressão de movimento e velocidade, como as formas de bumerangue vermelhas acima das entradas de ar. A Wst permaneceu com a equipe até 2005, mas as cores da equipe se mantiveram até hoje. Mas para quem estava acostumado com o vermelho e branco, a mudança foi bem radical.
 
Mclaren Mercedes MP4/12 - 1997
 
2° lugar) Canon Williams Renault FW15 Renault RS5 V10 – 1993. Após um ano afastado da F1, Alain Prost retorna, e com a melhor equipe da temporada, apelidada por Ayrton Senna de “Williams de outro planeta”. Suspensão ativa, controle de tração, fracionamento de combustível o melhor motor além de ser um projeto de Adrian Newey. Não por acaso, o francês conquistou o tetracampeonato, mas teve dificuldades no início do ano. Senna, apesar de sua McLaren não possuir as assistências eletrônicas, chegou à quarta prova da temporada liderando, com duas vitórias e um segundo lugar. Mas voltando ao carro, a Williams manteve as tradicionais cores azul, amarelo e branco dos anos anteriores. Esta combinação virou sinônimo de um carro vencedor, talvez o auge do automobilismo.
 
Williams Renault FW15 - 1993
Foto: Enter F1

1° lugar) Marlboro McLaren Ford MP4/8 Ford HBE7 V8 – 1993. Naquele ano, conversava com um amigo sobre qual era o carro mais bonito da F1. Ele apontou a McLaren de Senna. Não entendi como um desenho tão simples poderia ser escolhido. Passei a olhar com mais atenção aquele carro. Na pré-temporada, reportagens informavam que sua aerodinâmica foi inspirada no avião concorde, semelhança visível no bico do carro. Vejo este modelo como um marco divisório na F1. Um dos últimos modelos com bico curvado, cockpit e aerofólio traseiro ainda com perfil alto e a pintura tradicional e vencedora de outros anos da Mrlbr. Mais uma pintura que destaca-se  pela sua simplicidade, associada com as vitórias de Senna. A superação de uma fraca McLaren de 1993, apenas a terceira força daquele ano, alcançando o vice-campeonato de pilotos.

McLaren Ford MP4/8 - 1993
Foto: GP-World

Menção Honrosa: Team 7UP Jordan 191 Ford HB4 V8 – 1991. Este monoposto tem sido citado frequentemente como um dos mais bonitos de todos os tempos. Não em minha em opinião, mas fica o registro.
 
Jordan Ford 191 - 1991
Foto: Farm8
 
 

Referências: