domingo, 23 de dezembro de 2012

TRÍPLICE ANIVERSÁRIO – BLOG SENNABR, 1 ANO

Nesta semana, três aniversários a comemorar:

O primeiro é um offtopic. Quem acompanhava F1 nos domingos dos anos 1980-90, pode não conhecer este nome, mas certamente já ouviu sua voz na Sessão da Tarde, Tela Quente, Supercine e Sessão das Dez. Trata-se de André Filho, dublador que se vivo estivesse, completaria 66 anos.

O segundo refere-se aos 20 anos do teste de Senna na Formula Indy, o que deixou os cartolas da F1 bastante preocupados, com a possível perda do piloto para a categoria norte americana.

O terceiro é o aniversário de um ano deste blog, com postagens bastantes visitadas, superando e muito a expectativa inicial.

Blog SennaBR, 1 ano

ANIVERSÁRIO DO DUBLADOR ANDRÉ FILHO

Nos idos dos anos 80 do século XX, havia uma febre no cinema referente aos filmes de ação e aventura. Cerca de três anos após aparecer na tela grande, os filmes eram exibidos na TV. Dada a versatilidade dos dubladores nacionais, ou talvez a pouca demanda de profissionais nesta área, era comum que estes abrangessem diversos trabalhos.

O dublador André Filho
Foto: Orkut

No caso específico de André Filho, minha primeira lembrança dele foi na série de filmes do Superman, com Christopher Reeve. Um personagem com uma voz que transmitia confiança, força e humildade. Somente através da internet e anos após, soube que André também dublava Silvester Stallone na maioria dos filmes da série Rocky, com um tom mais grave e comedido, assim como Cobra, com frases clássicas como: “Você é um câncer, e eu sou a cura”, e em Rambo e Falcão, o Campeão dos Campeões. 

Algumas dublagens de André Filho
Fonte: Canal de David Banner, visitem para mais trabalhos do dublador.

Também era possível ouvir André dublando Steve Martin, Burt Reynolds (Agarra-me Se Puderes – Smokey and the Bandit), Roger Moore e Sean Connery em 007. Nos filmes de Connery houve dublagens marcantes como em Caçada ao Outubro Vermelho, Highlander, Indiana Jones e a Última Cruzada, em um tom grave e arrastado, dando um toque carioca ao sotaque inglês de Sean.


Nesta cena com o igualmente grande Garcia Jr. dublando Lambert: 

André dublando Sean Connery em Highlander

Também dublou Ray Liotta em Obsessão Fatal e Steven Seagal em Nico – Acima da Lei, que, por acaso ou não, passou ontem no TCM; Nicolas Cage em Arizona Nunca Mais, Morgan Freeman em Robin Hood, também fez a voz de KITT em A Super Máquina, além de desenhos como Zan, um dos Super Gêmeos, em Superamigos, o diretor Skinner e Sideshow Bob em Os Simpsons e inclusive cantando como Sebastião em A Pequena Sereia. Ainda hoje é possível ouvi-lo em canais com filmes e/ou séries antigas como em pequenas participações em Barrados no Baile.

André atuando em filme

Elis Regina disse que se Deus tivesse uma voz, seria a de Milton Nascimento. Eu O imagino com a voz de André Filho, que faleceu em 1997, mas como já citei sobre Senna: “Vai o homem mas fica seu legado”. O Orkut e o Facebook possuem páginas sobre o dublador, acompanhem.

20 ANOS DO TESTE DE SENNA NA PENSKE/FORMULA INDY

Ao final de 1992, mais precisamente em 20 de dezembro, Ayrton Senna descontente com a péssima McLaren-Honda que não contava mais com grandes investimentos e interesse da montadora japonesa, e sem grandes expectativas para 1993 (já que Prost ao retornar vetou qualquer possibilidade de Senna como companheiro na Williams-Renault) aceitou o convite de Emerson Fittipaldi para testar sua Penske-Ilmor/Chevrolet.

Ayrton Senna testando a Penske de emerson Fittipaldi em 1992

O teste foi realizado no circuito de Firebird, Phoenix, Arizona, pequeno e estreito como definiu o “rato”, mais parecido com um kartódromo. Emerson deu algumas voltas para ajustar o carro, a equipe colocou algumas almofadas para melhor acomodar Ayrton, que era menor que o anfitrião e Senna foi para a pista. Após duas a três voltas superou o tempo do amigo. Senna disse que o carro avisava ao piloto como ia se comportar. Talvez em razão da suspensão mais macia que dos F1 da época.

Lembro de ter lido em algum lugar que Ayrton disse: “aqui dá pra fazer alguma coisa como piloto”. Disse também: “O Penske me lembrou os velhos tempos da F1, onde o lado humano era o fator mais importante. Hoje os F1 são tão sofisticados que o computador faz grande parte do trabalho de guiar o carro por você”, uma forte crítica às assistências eletrônicas da época, que minimizavam o papel do piloto.

Senna na Penske-Ilmor Chevrolet, 1992

Um dia eu vou guiar este carro, é só uma questão de tempo”, disse Ayrton, talvez fosse a melhor opção para 1993/94, mas o piloto estava em seu auge e sempre priorizou à F1.

Senna iria pilotar no oval de Phoenix, mas por prudência de Roger Penske, apenas observou Emerson. Segundo Fittipaldi, ele se posicionou próximo ao muro, em uma curva para observá-lo, algo bastante inusitado. Senna iria correr as 500 milhas de Indianápolis de 1993, pela Penske, mas Ron Dennis não liberou o piloto.

Senna tinha certa liberdade da McLaren para testes deste tipo, apesar de que, seria bastante improvável nos dias de hoje, fazê-lo utilizando o macacão com patrocinadores conflitantes, como Honda x Chevrolet, apesar da Marlboro em comum. Talvez utilizasse um como o do evento de kart em Bercy, 1993:

Senna e Prost no Bercy - França ELF Master Karting Indoor
Fonte: Prostfan.com

ANIVERSÁRIO - 1 ANO DO BLOG SENNABR

No dia 21 de dezembro, o Blog SennaBR completou um ano de sua primeira postagem. O blog foi criado com o objetivo de reviver a história do piloto Ayrton Senna, explanar sobre os automóveis comuns do dia a dia e abordar a F1 atual eventualmente.

As matérias mais visitadas são:


As visitas à postagem sobre o Gol demonstra o grande interesse por um carro de entrada e de preço acessível, em um mercado de tantas opções. A do motor 1.0 veio para trazer novas informações, sobre cilindrada x consumo, juntamente com a diferença de rotação entre os motores. Sobre as lavadoras, ainda há muita dúvida sobre seu funcionamento e a matéria auxilia neste sentido. A matéria sobre a coleção de cartões telefônicos tem sido visitada por pessoas que têm este hábito, além de fãs de Senna e da F1. Já a postagem sobre o trânsito de Salvador, pelos soteropolitanos insatisfeitos com o trânsito caótico da cidade.

Neste um ano, o blog teve cerca de 14700 views, muito mais do que eu esperava, já que meu objetivo era fazer uma homenagem pessoal. Fico satisfeito também com a constante procura de informações sobre Ayrton Senna, visto que acreditava que sua história estava bastante relegada pelos brasileiros. Noto também bastantes visitas originadas de outros países, como EUA, Portugal, Rússia, Alemanha, Reino Unido etc.

Visitas por país em um ano
Fonte: Blogger

Visitas de brasileiros que estão morando em outros países e estrangeiros também, já que há sites que permitem traduzir para diversas línguas, além de um aplicativo que permite a tradução no próprio blog.

O recurso de busca por imagens também possibilitaram as visitas ao blog.

O objetivo inicial foi de postar pelo menos uma matéria por semana. Mas o blog trata-se de um hobby, e assim como disse o amigo Claudio F1: “todo trabalho bem feito demanda tempo”, e com as atividades do cotidiano fica bem difícil atualizá-lo com maior frequência.

Há muitas pautas para desenvolver e postar recentemente, como:

Conservação e Limpeza do Ar Condicionado Automotivo;
Dicas de Direção Econômica
Stock Car 2012 – Salvador

Boa parte delas está bem adiantada, mas, como sempre, falta tempo. À medida que forem criadas, serão “linkadas” aqui.

Senna na McLaren-Honda

É isso aí, completamos um passo de um grande jornada, já que espero comentar todos os GPs disputados por Senna e continuar trazendo outros assuntos de interesse dos fãs de automobilismo e entusiastas de automóveis. Breve novas postagens, de modo a manter tudo justo...

Abraço e continuem acompanhando.

Foto: Stock Car, etapa de Salvador, 2012


Referências

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

GP BRASIL - INTERLAGOS 2012 E A DECISÃO DO CAMPEONATO

O campeonato de F1 de 2012 foi finalizado e decidido no dia 25 de novembro, muito já se falou, ampla cobertura da mídia, mas deixo aqui minhas impressões, novamente criticando os erros nas transmissões.
 
 
A corrida começa e em nenhum momento foi abordado sobre o uso do DRS, se estava proibido, a previsão para o uso etc.
 
GP Brasil 2012
 
Após o acidente com Vettel, Bruno Senna retorna andando aos boxes, Galvão diz que acha que o viu, demorando bastante para identificá-lo. Se o narrador não percebe, deveria ser informado pela produção
 
Schumacher insistindo em permanecer na F1. Não por diversão, não por paixão, não por vontade de vencer e sim em razão de investimentos mal sucedidos em terras árabes, voltou por dinheiro. Imaginou que voltaria em um carro vencedor, como sempre esteve acostumado (a Mercedes comprou a Brawn GP, equipe que dominou a temporada de 2009), mas com carros medianos não justificou o retorno. Durante a temporada 2010 alteraram a distância entre eixos para favorecê-lo. Na verdade prejudicou momentaneamente Rosberg, que vinha andando bem e seguidamente voltou a superá-lo. Em determinado momento da corrida, abriu para Vettel passar, lembrei de Michele Alboreto, que teve bons momentos na Ferrari e após amargou temporadas nas fracas Footwork e Minardi, esta última em 1994, sua despedida da F1.
 
Voltando à corrida, senti falta de os narradores abordarem, com mais freqüência, maiores informações, em tempo real, sobre a previsão do campeonato de acordo com as colocações. Aparecia na tela a previsão do campeonato de construtores, a disputa entre McLaren e Ferrari pela segunda posição, apenas Reginaldo Leme percebeu e comentou.
 
Hulkenberg em uma grande corrida, rememorando o feito de 2010, quando fez a pole, mas forçou demasiadamente um carro mediano, cometendo erros e comprometendo o bólido (câmbio). Seria o 9° vencedor do ano. Forçou demais para cima de Hamilton, tirando o britânico da corrida. Foi punido mas não deveria, pois tratou-se de um acidente de corrida.
 
Vettel e Alonso apresentaram-se bastante tensos, apesar de experientes. Ambos costumam levar esta tensão para a pista.
 
Sebastian Vettel pré-largada
 
Na volta 57 volta a chover, Alonso não consegue se manter na pista e coloca pneus intermediários. Mais adiante, peças do carro de Vettel soltam-se e Galvão não percebe nem comenta.
 
Alonso fez sua parte, andando bem mais do que o carro permitia durante toda a temporada. Lembrem-se da porcaria que foi a Ferrari no primeiro semestre do ano.
 
Para a felicidade de Vettel, Di Resta bate na curva do café, obrigando a entrada do Safety Car, em um momento de chuva forte.
 
Vettel tricampeão “three years in a row”, o mais jovem piloto a alcançar tal feito. Sem dúvida um grande feito, mas não o considero o melhor piloto da temporada, lembrem-se também, como no início do ano o alemão penou para obter boas colocações, se irritando inclusive com os maus resultados, ou seja, sem o melhor carro não fez nenhum milagre. Mas fez uma grande prova de recuperação após o acidente com Bruno, mesmo com o carro danificado.
 
Pódio - Interlagos 2012
 
Tive muitas restrições com Alonso como pessoa, suas frequentes ações que prejudicaram Felipe Massa (ultrapassá-lo na entrada dos boxes, o brasileiro obrigado a ceder sua posição, etc.), apesar de este ter assumido o papel de segundo piloto, como reza seu contrato, além de estar sempre criticando os adversários e suas equipes. Contudo, foi o piloto que demonstrou melhor técnica, maior superação de adversidades, conseguindo resultados em momentos improváveis.
 
Uma temporada marcada pelo equilíbrio, com provas muito disputadas e diversas equipes alcançando vitórias, contudo, continuo achando absurdos os artifícios da asa móvel e do kers. Mas há muito a F1 tem como maior interesse o aspecto comercial, e se aumenta as ultrapassagens e o interesse do público, continuarão a ser utilizados. Já se cogitou até chuva artificial... Muitas mudanças visaram o aumento da segurança e a diminuição de custos, mas gostaria muito de ter visto a F1 sem restrições, como a Williams com câmbio CVT, que estava prevista para a temporada de 1994, já que muitas destas inovações migram para os automóveis de rua, além de motores mais potentes e mais econômicos.
 
Breve entraremos na pré-temporada 2013, vamos aguardar a definição das vagas restantes para apresentar as equipes.
 
Vettel comemorando com sua equipe
 
Para finalizar, mais algumas pérolas do Sérgio Maurício na SporTV:
 
Alonso aquecendo pneus antes de alinhar no grid e SM dizendo que era Hamilton, que era o pole position e estava à frente do espanhol.
SM afirmando: “Ainda não pode usar a asa móvel”.
Lito Cavalcati corrigindo: “Já pode”.
SM: “Já pode usar a asa móvel”.
 
“Lá vem Felipe pra cima do Kobayashi, desculpe, Alonso pra cima do Koba”.
 
Volta 56: “Alonso indo para os boxes”. Na verdade ele estava lento por causa da chuva.
 
Tá ligado?
 
 
Referências

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

AYRTON EM ANIME – SENNA, THUNDER PRINCE

 
O estudante de propaganda e marketing, Rafael Garutti, criou um projeto de graduação baseado na carreira de Ayrton Senna. Trata-se de um anime do piloto, com os traços característicos dos populares desenhos japoneses.
 
 
A iniciativa teria se inspirado na antiga parceria McLaren-Honda que fez tantos fãs na “Terra do Sol Nascente”.
 
 
 
Os desenhos, contudo, apresentam o personagem rejuvenescido, o que o aproxima bastante do público que tradicionalmente acompanha este tipo de animação.
 
 
Uma das justificativas para a criação seria exatamente esta: aproximar o público jovem da história do piloto.
Não está bem claro se haverá episódios descrevendo a carreira do piloto, mas o fato já tomou repercussão mundial, com vários sites reproduzindo as imagens.

 
 
Em todo caso, parabéns Rafael, pela excelente iniciativa. Ainda na graduação e já está alcançando sucesso global, aguardamos as publicações.
 
 
 
 
 
Olê, Olê, Olê... Senna, Senna...
 
Vídeo: Senna - Thunder Prince
 
 
Atualizando. Imagem lançada em 25/12/2012:
 
Senna na Lotus-Camel de 1987
 
 
 
Referências
 
 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

GP DOS ESTADOS UNIDOS. AUSTIN, 2012 E A SOFRÍVEL TRANSMISSÃO DA SPORTV

...ou: Sérgio Maurício quer ser Galvão Bueno.
 
 
Inicialmente, iria postar resenhas sobre cada GP durante a temporada de F1 de 2012, mas com a escassez de tempo ficou impraticável. Por outro lado, existem outros blogs que acompanho que já desempenham este papel muito bem, como os listados abaixo, que recomendo a todos:
 
 
Contudo, as duas últimas corridas do ano merecem uma atenção especial. O GP dos EUA ficou marcado no Brasil por não ser transmitido pela Globo, que priorizou os jogos de futebol em que os times apenas cumpriam tabela, visto que o campeão já estava definido antecipadamente.
 
 Imagem: Rede Globo
 
A alternativa foi acompanhar pelo canal fechado SporTV, que tradicionalmente transmite os treinos livres ao vivo, e a qualificação e a corrida em horários alternativos.
 
Durante os treinos livres é possível ver situações curiosas, como a instalação de sensores e aplicação de tinta fluorescente para melhor avaliação do desempenho aerodinâmico. Todavia, o som é muito mal ajustado, é possível ouvir os sons dos motores de forma muito alta enquanto a narração e os comentários ficam abafados.
 
 
Eventualmente vinha assistindo alguns destes treinos com os excelentes comentários de Lito Cavalcanti, mas o ponto negativo é a narração de Sérgio Maurício. Certamente ele está na equipe SporTV-Globo por méritos, não conheço sua trajetória, mas ele segue a escola de Galvão de errar muito durante a transmissão, com a diferença de reconhecer os erros e fazer graça deles e de ficar detalhando informações banais e desnecessárias. Algo que talvez passe despercebido por quem não acompanha as corridas com frequência, mas que incomoda demasiadamente aos mais atentos, que buscam informações minuciosas durante os GPs.
 
 Screenshot da "pilha" de SM
 
SM é frequentemente corrigido pelos telespectadores via twitter e ele mesmo diz: “hoje eu estou demais”:
 
Ficou explicando o que significava aquela “pilha” na tela, dizendo que tratava-se do KERS, que ia baixando quando o piloto apertava o botão;
 
Narrou uma ultrapassagem da STR com grande emoção, quando na verdade era replay;
 
Disse que Bruno Senna perdeu a posição para Button, mas Bruno havia se defendido e retomado a colocação;
 
Webber praticamente parado na área de escape e ele dizendo que o australiano estava perdendo muitas posições, até Lito alertar que ele abandonou;
 
Afirmou que Hamilton estava poupando os pneus quando pelo contrário, já estavam bastante desgastados na última freada, impedindo o piloto de seguir com melhores tempos;
 
Ricciardo já havia ultrapassado Raikkonen e SM não percebeu, depois corrigiu;
 
Disse que os helicópteros estavam a todo instante decolando e pousando, quando os helicópteros da TV realizavam rasantes, para transmitir a corrida;
 
Vettel e Hamilton ultrapassaram a Marussia de Glock, ele disse que era a Caterham de Petrov, depois corrigiu;
 
Categorizou: “a ultrapassagem é inevitável”, sobre Hamilton versus Vettel. O alemão não só evitou, como fez a melhor volta da prova por duas vezes até aquele momento (curiosamente, no VT da Globo Galvão disse a mesma coisa);
 
SM narra: “Hamilton chegando perto de Vettel, que defende para um lado e para outro”. Era Button se aproximando de Grosjean;
 
Sobre a corrida, não há muito mais a acrescentar, visto que os grandes sites já explanaram amplamente. Apenas observei a F1 com cara de F-Indy, com aquela espetacularização do evento, inclusive com Mario Andretti entrevistando os pilotos no pódio. A TV local transmitiu a largada de uma péssima posição, da diagonal direita, ao mesmo nível dos carros, mal focalizando os dez primeiros carros, ao contrário da visão frontal e elevada de outros GPs:
 
Largada do GP dos EUA, 2012
Fonte: TheMarioGP
 
Ao final, SM sai com mais uma, ao ver os pilotos com chapéus da Pirelli estilizados como cowboys: “são os cowboys do asfalto”, lembrei dos “gladiadores do terceiro milênio” do Galvão.
 
 
Foto: Prexamples
 
SM quer ser Galvão, não aquele narrador de outrora, que torcia junto com o telespectador, transmitindo emoção, e sim o de agora, que comete demasiados erros, comprometendo muito a qualidade da transmissão.
 
Clique aqui para acompanhar a resenha sobre o GP do Brasil 2012, a decisão do título e sobre a temporada em geral.

domingo, 11 de novembro de 2012

TOP TEN CARROS - MAIS BONITOS DA F1 (PARTE 2)

Continuando a postagem sobre os 10 carros mais bonitos da F1, os cinco primeiros classificados:
 
5° lugar) Lotus Renault GP Team R31 Renault RS27 V8 – 2011. – Para 2011, a Renault F1 Team, assume o nome Lotus, vencendo o embate legal contra a Caterham F1 Team pelo nome da tradicional escuderia. A equipe decide também resgatar o layout com as cores preta e dourada, famoso nos anos 70 e 80 nos carros de Emerson Fittipaldi, Ayrton Senna e Nigel Mansell. As cores remetem ao patrocínio da JPS, e portanto, houve certa polêmica em países que proíbem a propaganda. A princípio, pareceu forçado, mas a pintura clássica caiu muito bem com o design moderno, e como ainda não havia os terríveis “bicos de ornitorrinco”, o carro daquele ano foi o escolhido. O capacete de Bruno Senna também remetia àquelas Lotus de 1985-86 de Ayrton.

Lotus Renault R31 - 2011
Foto: Farm7
 

4° lugar) Ligier Gtns Blondes JS39B Renault RS6 V10 – 1994. A tradicional equipe e seu hábito de manter o conjunto francês (motor, patrocínio, pilotos), surge para a temporada de 1994 com o potente e confiável motor Renault, mas com pilotos medianos (Olivier Panis, Eric Bernard, Frank Lagorce, Johnny Herbert) e um chassi limitado. Obteve a segunda e terceira colocação na Alemanha em uma corrida com muitos abandonos e quebras de motor. Curiosamente, Christian Fittipaldi quase foi ao pódio com uma Footwork-Ford, alcançando a quarta colocação. Ao final do ano, Schumacher testa este carro, visando estudar o motor Renault que iria para a Benetton na temporada seguinte, obtendo tempos superiores aos dos pilotos da casa. O carro foi escolhido principalmente pela cor azul, que homenageia o automobilismo francês. Um tom próximo ao royal, com detalhes em branco,  preto, e vermelho, clean, elegante e clássico.


Ligier Renault JS39 - 1994
  
3° lugar) West McLaren Mercedes MP4/12 Mercedes-Benz FO 110E V10 – 1997. Após mais de 20 anos de parceria com a Mrlbr, a equipe firma contrato com outra marca, a Wst. Com este carro, David Coulthard conquista a primeira vitória da equipe desde o GP da Austrália de 1993, última corrida vencida por Senna. A equipe havia encomendado a três companhias publicitárias o novo layout do carro com as cores prateada, preta e vermelha. A companhia vencedora apresentou um projeto muito bonito e inovador, com a predominância do prateado da Mercedes e combinações que remetiam a impressão de movimento e velocidade, como as formas de bumerangue vermelhas acima das entradas de ar. A Wst permaneceu com a equipe até 2005, mas as cores da equipe se mantiveram até hoje. Mas para quem estava acostumado com o vermelho e branco, a mudança foi bem radical.
 
Mclaren Mercedes MP4/12 - 1997
 
2° lugar) Canon Williams Renault FW15 Renault RS5 V10 – 1993. Após um ano afastado da F1, Alain Prost retorna, e com a melhor equipe da temporada, apelidada por Ayrton Senna de “Williams de outro planeta”. Suspensão ativa, controle de tração, fracionamento de combustível o melhor motor além de ser um projeto de Adrian Newey. Não por acaso, o francês conquistou o tetracampeonato, mas teve dificuldades no início do ano. Senna, apesar de sua McLaren não possuir as assistências eletrônicas, chegou à quarta prova da temporada liderando, com duas vitórias e um segundo lugar. Mas voltando ao carro, a Williams manteve as tradicionais cores azul, amarelo e branco dos anos anteriores. Esta combinação virou sinônimo de um carro vencedor, talvez o auge do automobilismo.
 
Williams Renault FW15 - 1993
Foto: Enter F1

1° lugar) Marlboro McLaren Ford MP4/8 Ford HBE7 V8 – 1993. Naquele ano, conversava com um amigo sobre qual era o carro mais bonito da F1. Ele apontou a McLaren de Senna. Não entendi como um desenho tão simples poderia ser escolhido. Passei a olhar com mais atenção aquele carro. Na pré-temporada, reportagens informavam que sua aerodinâmica foi inspirada no avião concorde, semelhança visível no bico do carro. Vejo este modelo como um marco divisório na F1. Um dos últimos modelos com bico curvado, cockpit e aerofólio traseiro ainda com perfil alto e a pintura tradicional e vencedora de outros anos da Mrlbr. Mais uma pintura que destaca-se  pela sua simplicidade, associada com as vitórias de Senna. A superação de uma fraca McLaren de 1993, apenas a terceira força daquele ano, alcançando o vice-campeonato de pilotos.

McLaren Ford MP4/8 - 1993
Foto: GP-World

Menção Honrosa: Team 7UP Jordan 191 Ford HB4 V8 – 1991. Este monoposto tem sido citado frequentemente como um dos mais bonitos de todos os tempos. Não em minha em opinião, mas fica o registro.
 
Jordan Ford 191 - 1991
Foto: Farm8
 
 

Referências:
 

domingo, 28 de outubro de 2012

TOP TEN – CARROS MAIS BONITOS DA F1 (PARTE 1)

Os carros de Formula 1, com os inúmeros patrocinadores e constantes alterações em suas linhas aerodinâmicas, apresentam forte apelo visual, em sua profusão de cores e designs.
 
A seguir, os carros que considero os mais bonitos nestes quesitos. Listei principalmente os bólidos do início dos anos 90, já que não aprecio os modelos posteriores, com o “bico tubarão”. Há carros dos anos 80 com excelentes pinturas, mas com desenhos que não considero harmônicos, e portanto apenas um foi citado.
 
10° lugar) Leyton House March Racing Team 881 Judd V8 - 1988. Começo a lista com este modelo por tratar-se de uma das primeiras referências de Formula 1 que me recordo. Vi em uma loja de aeromodelos e miniaturas de veículos e carros de corridas no aeroporto de Salvador, no final dos anos 80 (ainda há uma loja lá com estas características, contudo, com a reforma que ocorreu em 2000, não sei se trata-se do mesmo estabelecimento). Sempre que ia ao aeroporto, via aquela miniatura, anos antes de acompanhar as corridas. A cor azul clara dava mesmo uma impressão de um “carro de brinquedo”. Mas vamos aos dados técnicos: este carro foi projetado por Adrian Newey, desde já inovador. Observe as linhas aerodinâmicas laterais e lembre-se que trata-se de um carro de 1988. Foi o primeiro a incorporar o “Santo Antônio” com a entrada de ar para o motor e a elevar o bico do carro. Motor aspirado em uma temporada em que os turbos se destacaram, mas com boas atuações como um segundo e um terceiro lugar nos GPs da Bélgica e Portugal respectivamente, com o italiano Ivan Capelli. O brasileiro Maurício Gugelmin também integrava a equipe, em sua temporada de estreia. Uma pintura bastante simples e elegante.
 
 
Gugelmin em seu March Judd 881 - 1988
  
9° lugar) Benson & Hedges Jordan Peugeot 196 A10 V10 – 1996. Em 1995 a Jordan abandona o motor Hart V10 e aceita o Peugeot V10, descartado pela McLaren, que o utilizou na temporada anterior. Se na equipe de Ron Dennis, o motor francês já decepcionava, com seguidas explosões, na Jordan não foi diferente. O motor Hart se não era potente pelo menos era confiável, o Peugeot prometia 70cv a mais de potência, mas era raro não ver uma nuvem de fumaça branca e o piloto abandonando a corrida, basta verificar as estatísticas de 1994 a 1997. Creio que surgiu daí a injusta fama de Barrichello como “destruidor de motores”. Desde então, vejo com enorme desconfiança os carros de rua da Peugeot. A propaganda transcende as pistas, neste caso de forma negativa. O carro de 1995 apresentava entradas de ar muito pequenas, que se revertiam em superaquecimento do motor, em 1996 acrescentaram outras duas nas laterais. Com a saída da Sasol, a Jordan passa a receber o patrocínio da B & H, incorporando o amarelo ou o dourado às suas cores. Esta coloração, com detalhes em preto e vermelho dá ao carro um aspecto sofisticado e muito bonito. Pena que a beleza não veio acompanhada de resultados. O carro apresentava crônicos problemas aerodinâmicos (saía de frente em curvas de baixa e de traseira em curvas de alta) e motor nada confiável.
 
 

Jordan Peugeot 196 - 1996
Foto: Wikipedia
 






8° lugar) HSBC Jaguar Racing R1 Cosworth CR2 V10 – 2000. Para 2000 a Ford almejava retornar à F1 com equipe própria, comprando portanto a equipe Stewart, que teve um grande ano, com resultados muito bons de Barrichello, que os levaram à Ferrari. A equipe é batizada de Jaguar, braço esportivo da montadora e assume parceria com o banco HSBC. Contou com os pilotos, Eddie Irvine, Johnny Herbert e Luciano Burti, porém pontuando com apenas um quarto lugar. O verde metálico e a bela combinação com o branco e detalhes em vermelho deram um aspecto bastante esportivo ao carro. Ao final de 2004, a Ford decide abandonar a categoria, e vende a equipe para a Red Bull, que é hoje a principal equipe da F1.
 
Herbert e o Jaguar Ford R1- 2000
Fonte: Imcphoto

 
7° lugar) Sasol Jordan 194 Hart 1035 V10 – 1994. Rubens Barrichello havia estreado na F1 no ano anterior, com boas atuações a exemplo do GP da Europa. Em 1994, com a morte de Senna, o Brasil, acostumado com pilotos vencedores, volta seus olhos para o garoto e sua equipe média querendo ser grande. Demasiada pressão para alguém em sua segunda temporada, ter que substituir o maior de todos os tempos. O carro classificado por Barrichello como “equilibrado, mas fraco” e “muito agradável de pilotar”, esteve muitas vezes próximo do pódio, obtendo inclusive uma terceira colocação no GP do Pacífico e a pole position no GP da Bélgica. O carro apresentava predominantemente a cor azul da petrolífera Sasol, com detalhes em “verde irlandês”, azul claro, vermelho e branco. Para o público brasileiro, destacava-se o patrocínio da Arisco, que acompanhava Rubens desde as categorias de base. Um carro simpático, com linhas harmônicas, agradável de se ver. Uma curiosidade, é que Barrichello recebeu este carro (sem motor), como parte de seu pagamento para a temporada de 1995. Este encontrava-se na oficina de Sid Mosca, com acesso disponível para visitantes.

P.S.: o programa Linha de Chegada, de Reginaldo Leme, na SporTV, é realizado na oficina de Sid Mosca, e em algumas tomadas é possível visualizá-lo.
 
Jordan Hart 194 - 1994
 
6° lugar) Broker Sauber Mercedes C13 Mercedes-Benz 2175B V10 – 1994. Treinos do GP da Bélgica, chuva, surge um carro negro rodando após um erro do piloto. Observo o carro, com suas linhas elegantes e discretas. O defini como um exemplo de carro de F1, como se fosse uma maquete de 1:1, já que sua cor o remete aos carros nas fases de teste, ainda sem os patrocinadores. O que seria muito simples passou a ser muito bonito. Detalhes com uma série de pequenos círculos brancos, cinzas e vermelhos complementavam o design do carro. Os patrocinadores apresentavam-se em adesivos brancos, mesmo destoantes de suas cores originais (como a Castrol), combinaram muito bem. O detalhe final é um adesivo com um desenho da tradicional marca de relógios Tissot. Um tanto inusitado, mas que deu uma personalidade única ao bólido. Outro fato importante foi a potência demonstrada pelo motor Mercedes, que para a temporada seguinte migrou para a equipe McLaren, parceria mantida até hoje.
 
 
Sauber Mercedes C13 - 1994
Foto: Farm4
 

 Cliquem aqui para ver os cinco primeiros colocados.
 
 
Referências:

Rev. Quatro Rodas, 435 – Outubro de 1996
Rev. Quatro Rodas, 597 – Novembro de 2009