segunda-feira, 30 de junho de 2014

TESTE - RENAULT SANDERO 1.6 8V TOTAL FLEX



O Renault Sandero, produzido no Brasil desde 2007, passa por sua segunda reestilização. O modelo, juntamente com o sua versão sedã, Logan, alcançou boa fatia do mercado de compactos ao oferecer veículos espaçosos e confiáveis, com bons desempenho e consumo. O lançamento será nesta segunda-feira, 30 de junho de 2014.

 Novo Sandero
Imagem: Carplace

Possuía um Gol Geração IV 1.0,  e optei pelo Renault Sandero 1.6, desejando também elevar as cilindradas, em busca de mais potência que os 1000cc anteriores, mas mantendo a economia. Após dois anos e meio de uso e observações que ora exponho, continuo satisfeito com esta escolha.

Como a reestilização é muito mais estética que mecânica, dados sobre a atual versão do compacto de origem romeno/francesa (Dacia/Renault) servirão de referência para o “novo” modelo.

 Foto: Sandero Dourado (Bege Poivre)

O amplo espaço interno foi o diferencial para a escolha do modelo. Mesmo o hatch, com porta malas de 320 litros, é superior à concorrência, bem como os 510 litros do Logan, superado apenas recentemente pelo GM Cobalt. Além do habitáculo, que acomoda bem cinco passageiros, e o grande porte. Compare com um Celta, Corsa, Gol e verá a grande diferença. Como a Renault ainda não está entre as quatro grandes montadoras em vendas no país, busca este posto, oferecendo melhores preços e opcionais que a concorrência, de modo a permitir um diferencial na transação com o cliente, além de frequentemente reduzir preços nas negociações.

Dentre as primeiras impressões com o carro, destaca-se a posição elevada na condução, permitindo uma visão mais ampla. As marchas longas prejudicam um pouco o desempenho, mas contribuem no consumo, apresentando curva de potência linear, sem acelerações abruptas. Inicialmente o consumo apresentou-se elevado, mas após algum tempo, normalizou. Média de consumo em trecho 33% urbano e 67% estrada de 13,2km/l com gasolina e 10km/l com etanol, sem esticar marchas e evitando passar dos 100-110km/h. A pior configuração é conduzir com etanol, em trânsito intenso e ar condicionado ligado. As médias caem para 5,5 a 6km/l.

A exemplo da matéria sobre o VW Gol GIV, seguem prós, contras, observações e mitos sobre o modelo. Situações observadas e anotadas ao longo de dois anos e meio:


PRÓS:
  • Amplos espaço interno, porta malas e porta luvas;
  • Postura elevada na condução;
  • Som de boa qualidade, mesmo contendo apenas caixas dianteiras;
  • Comandos de som no volante (versões superiores), porém pouco anunciado em propagandas, a exemplo de concorrentes;
  • Mesmo sendo cerca de 200kg mais pesado que o Gol GIV, aparenta ser mais leve, talvez em razão das rodas de liga leve e do centro de gravidade mais elevado;
  • A aerodinâmica favorece o escoamento da água;
  • Rodas de aro 15” elevam ainda mais o carro;
  • Apresenta um grande reservatório de esguicho de água para o para-brisas e vidro traseiro (três litros), não sendo necessário completar por longos períodos;
  • Reservatório de gasolina para partida a frio com apenas 0,75 litro, bastante econômico e eficiente, visto que, por exemplo, o do Gol GIV tem 2 litros, podendo oxidar a gasolina, após longo período sem vazão;
  • Pintura metálica de qualidade destaca-se bastante (prata e dourado, chamado de Bege Poivre), similar aos modelos da VW, Honda e JAC;
  • Retrovisores de grande porte (na primeira versão eram menores) permitindo um bom campo visual;
  • Alarme de farol ligado, quando desliga-se a ignição e abre-se a porta do motorista. Bastante útil, pois o esquecimento pode provocar o descarregamento da bateria. Da mesma forma, o rádio desliga-se após alguns minutos, caso o motor esteja desligado;
  • O controle do alarme original aciona mesmo em longas distâncias e com obstáculos (fato observado apenas com pilhas novas), alcance maior que do Sistec automotivo, por exemplo;
  • Porte de hatch médio, bem robusto;
  • Bom sistema de Bluetooth, que permite utilizar o rádio como viva voz. Contudo, as ligações devem ser feitas no rádio (existem funções especificas para isto, o rádio baixa a agenda, ligações feitas, recebidas e perdidas, além de poder discar através de seleção de cada número por meio do botão de seleção de estação, o que é trabalhoso e perigoso ao dirigir. Caso disque do celular, o som fica mudo, e a ligação só poderá ser feita através do aparelho. Através do rádio também é possível ver a intensidade do sinal, status da bateria e ouvir MP3 que estejam salvas no celular;
  • Versões superiores entregam uma série de opcionais que seriam muito caros na concorrência (retrovisores elétricos, vidros traseiros elétricos, porta objetos, luzes internas, computador de bordo, desembaçador, etc.);
  • Econômico para motor 1.6, mesmo com ar condicionado ligado;
  • Boas retomadas de velocidade em ultrapassagens;
  • Quando abastecido com álcool fica bem "nervoso" e aparenta ter mais cavalos do que de fato tem. Favorece uma tocada esportiva, com melhores retomadas, deixando a condução mais prazerosa em áreas como rodovias;
  • Revisões com preço fixo, possibilitando calcular os custos a longo prazo;
  • A direção hidráulica é mais leve que a mecânica e mais firme que a de outros modelos, favorecendo a condução;
  • Não é muito visado para roubos e, portanto, o seguro pode ser mais em conta que outros modelos.


Logotipo da Renault


CONTRAS:
  • Visibilidade traseira comprometida, um sensor de ré é altamente recomendado, mas caso não venha instalado, comprar na rede credenciada pode custar cerca de R$500,00. Para não perder a garantia de 3 anos, não poderá adquirir produtos no mercado paralelo;
  • O ajuste do banco do motorista dificulta encontrar uma boa posição de dirigir, bem como o assento curto, a exemplo de outros compactos;
  • Os controles dos vidros elétricos encontram-se muito
    à frente, na lateral da porta. Não é raro acionar os vidros traseiros, achando que está comandando os dianteiros;
  • Viva voz de difícil ajuste, o manual não ajuda, é preciso fuçar bem até descobrir como usar o telefone de forma adequada;
  • Não é possível acionar apenas o esguicho, sem ligar também os limpadores, ao contrário de algumas versões do Ford Fiesta. Muitas vezes a água ainda não esguichou e os limpadores já estão trabalhando, podendo arranhar o vidro, caso encontre-se sujo;
  • Os limpadores de para-brisa e vidro traseiro são caros e não possuem boa qualidade. Apresentam diferença de pressão em diferentes áreas dos vidros, comprometendo a limpeza e a durabilidade;
  • Quando se aciona o pisca (seta), é possível acidentalmente acionar os faróis, pois os comandos encontram-se na mesma haste. O som não é ergonômico e intuitivo, causando confusão quando em seu acionamento (o botão que acredita-se servir para o volume, promove a mudança das estações, ou de determinadas funções);
  • O ar condicionado é fraco para situações de calor. A alternativa é direcionar o fluxo diretamente para o corpo. Há relatos de retirada do filtro do habitáculo para melhorar a intensidade, o que não é recomendado. Contudo, a baixa eficiência do aparelho parece promover melhores números no consumo de combustível;
  • O painel e os bancos pretos favorecem o acúmulo de calor, deveria ser mais claro. O uso de parassóis e películas é recomendado;
  • Quinas vivas nas extremidades das portas podem provocar contusões e/ou cortes;
  • Podem ocorrer acabamentos grosseiros nas soldas, a exemplo do espaço motor (breve uma foto);
  • Rodas de liga leve com design de calotas;
  • Frisos de porta baixos, motoristas mal educados (abundantes) tendem a abrir suas portas e atingir a lataria do Sandero, observe uma série de mossas no modelo (alguns modelos de concorrentes também apresentam este problema);
  • Mudanças de marchas são um pouco ásperas, principalmente quando abastecido com etanol;
  • Não há maçaneta na porta 5 (porta malas), caso coloque a mão nas laterais e feche, será imprensada, também a exemplo do Gol GIV e outros modelos;
  • As revisões começam em valores acessíveis, mas ao longo do tempo tendem a aumentar, a exemplo da de 60.000 km, que custa cerca de R$1.600,00, por envolver a troca de uma série de correias;
  • A largura do veículo pode comprometer a passagem em locais estreitos e manobras, aliado ao jogo de direção ser curto;
  • O computador de bordo comete um grave erro ao superestimar a autonomia do veículo, informando que ainda há combustível para rodar cerca de 100km, sem considerar a reserva, quando na verdade já estará entrando na reserva;
  • Suspensões duras a exemplo de modelos da VW, que podem quebrar-se em casos de buracos ou pancadas;
  • Freios pouco eficientes em situações de emergência (dizem que são os mesmos do Clio, carro bem mais leve);
  • Algumas peças e opcionais originais caros, como o sensor de ré (R$500,00) e pneus (cerca de R$350,00 a unidade), sendo que os de maior aro e perfil são bem difíceis de encontrar;
  • A ventoinha do motor é acionada após alguns momentos do desligamento. Porém, permanece ativa por muitos minutos, podendo comprometer a bateria;
  • Estepe abaixo do carro pode comprometer a durabilidade, correndo o risco de furtos. 
  • Quando do uso do etanol, é necessário manter a rotação do motor um pouco acima do que o de costume com gasolina caso o motor esteja frio, de modo a evitar apagões em cruzamentos, por exemplo.



Dacia Sandero Stepway, a versão nacional terá muitas semelhanças
Imagem: Dacia.pt



OBSERVAÇÕES E MITOS SOBRE O VEÍCULO:

Em minha região repercute-se muito que os carros da Renault são importados, o que não é o caso dos compactos, que são produzidos no Paraná desde o final dos anos 1990.

Fala-se que o controle dos retrovisores elétricos possui difícil acesso, já que encontra-se abaixo do freio de mão. Discordo, visto que se estivesse na lateral da porta seria menos ergonômico, sem falar que pouco será utilizado, a não ser caso muitos motoristas alternem o uso de um mesmo carro. Seu uso é importante também na visualização de barreiras laterais (meio fio, obstáculos) quando em manobras de estacionamento.

Diz-se que o motor tem som semelhante a de motores a diesel, mas qual é a utilidade desta informação? Isto só é perceptível fora do veículo, e não fará diferença alguma ao motorista.

O uso do desembaçador só será necessário em caso de grande umidade no habitáculo, visto que o ar condicionado é bem eficiente neste objetivo.

O modelo poderia vir com uma ponteira no escapamento, pelo menos na versão Privillège, o que daria um aspecto mais esportivo.

O motor e o computador de bordo demoram um pouco em reconhecer a mudança de combustível.

O ar condicionado deverá ser usado preferencialmente com recirculação do ar interno, o que promoverá melhor resfriamento e qualidade do ar, especialmente em áreas urbanas. Em longas viagens, contudo, é necessário renovar o ar, de modo a garantir o suprimento de oxigênio. O modelo fornece ainda aquecedor, para regiões mais frias, ou para retirada da umidade dos dutos de ventilação.

Fala-se também de problemas de acabamento do modelo, contudo são itens pontuais e de pouca relevância ao proprietário, como aspectos dos trilhos dos bancos e pedais, rebarbas e encaixes, que tem características puramente estéticas, ao contrário de alguns concorrentes, como o Voyage, que apresenta travamento do porta malas e erros de projeto desde o Gol G5, que favorece o trincamento do vidro para-brisas.

Há algum tempo o Sandero e o Logan ganharam cerca de dez cavalos (96 contra os atuais 105-106cv), ainda na segunda versão. Lamentavelmente, o motor 1.6 16V foi descontinuado. Era a opção para quem buscava um pouco mais de torque e potência.

O tanque de combustível pode suportar cerca de 10 litros a mais do que a capacidade anunciada (44 + 6 de reserva), porém pode danificar o carvão ativado que elimina vapores, e o fabricante não recomenda.


REVISÕES

Quanto às revisões, em geral foram bem realizadas, com apresentação das peças trocadas. Contudo, houve problemas nas informações prestadas pelos atendentes telefônicos quando confrontadas com os técnicos das concessionárias, a exemplo do prazo para entrega do veículo. Na primeira revisão alegaram que eu estava cinco minutos atrasado, mas demoraram 20 minutos para receberem o carro.

Em determinada revisão, deixei propositalmente cerca de R$6,00 em moedas no compartimento abaixo do som. Ao retirar o carro, restaram apenas R$2,00. Como o carro havia passado por limpeza com terceirizados da concessionária, não é possível determinar em que momento o valor foi subtraído. Contudo, a responsabilidade ainda é da concessionária, mas não relatei o furto. Nesta mesma revisão, dos 20.000km se não me engano, a atendente insistiu para que realizasse um polimento no carro para “retirada de riscos” que não existiam. Fato é que polimento propriamente dito, com uso de politriz, desbasta a camada de verniz, comprometendo a longo prazo a qualidade da pintura, devendo ser utilizada com parcimônia, e apenas em situações de pintura comprometida, o que não foi o caso, nem é agora, já na casa dos 53.000km, ainda utilizando ceras e selantes Collinite e Meguiars.

Em outra revisão, atestaram que o estepe foi calibrado, mas ao verificar, a pressão encontrava-se bem abaixo do que informaram. Na última revisão realizada, 50.000km, avisaram que as pastilhas de freio encontravam-se totalmente desgastadas e os discos arranhados. Perguntaram se eu não havia trocado em outras revisões, informei que todas foram realizadas lá, e em momento algum me informaram que estes itens foram checados e precisavam de manutenção. Estas trocas representaram altos custos de cerca de R$700,00. A coifa da suspensão está rasgada, eu havia solicitado que verificassem, pois ouvi estalos e percebi vibrações em manobras em baixa velocidade. Disseram que a garantia cobria, e estou a cerca de dois meses aguardando a chegada da peça.

Por fim, nesta última revisão, cheguei com meia hora de antecedência em relação ao horário marcado, mas só me atenderem após 50 minutos do horário estabelecido, me atrasando, juntamente com meu carona, visto que iríamos trabalhar, o que comprometeu seriamente minha rotina.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar dos problemas apresentados com as revisões, e os pontos negativos deparados, pretendia adquirir a versão Stepway, mais esportiva, e que possuía motor 1.6 16V, que foi retirado. O câmbio automático também está em cogitação, visto que proporciona melhor ergonomia. Penso nesta nova versão que chega, todavia, modelos novos, bem como reestilizações, costumam apresentar problemas. O ideal é ver como o modelo irá se comportar e aguardar a adequação dos preços à realidade do mercado.

As versões Authentique e Expression, versão de entrada e intermediária, respectivamente, serão mantidas. A Privillège será substituída pela Dynamique. Os preços inicias estão fora da realidade: cerca de R$52.000,00 a versão Stepway 1.6 8V com câmbio automático (há algum tempo, a versão 16V manual era encontrada a partir de R$43.000,00), invadindo valores de hatchs médios, como o Ford Focus, modelo antigo.

O modelo atual, deverá ter o preço reduzido, é uma boa oportunidade de negociar e possuir um bom carro de mecânica confiável. Existem ainda as versões GT Line e Tech Run, que podem oferecer algum diferencial.

ATUALIZAÇÃO: 17/07/2014

Estive hoje em uma concessionária para comprar palhetas dos limpadores. Não consegui as do vidro traseiro, pois só havia uma em estoque e com defeito. Cerca de R$63,00. Bem caro, mas as do mercado paralelo, mais em conta, não adaptam bem e costumam durar bem menos. Atendentes bem cordiais e solícitos, pois concordaram em realizar o serviço sem cobrança de mão de obra (um serviço bem simples aliás) mas todo o processo foi bastante demorado (verificação de peça no estoque; valor; ver se cobrariam o serviço; entrega da peça; aguardar a disponibilidade de um mecânico e realização do serviço).

Mas o motivo principal da atualização foi a impressão de ver o Novo Sandero pessoalmente. A nova cor Azul Techno é a marca desta nova versão. Me lembra muito uma das cores do VW Gol Geração 2 (bola), no final dos anos 1990. Azul metálico claro, o mesmo da primeira foto desta postagem, bastante esportivo.

Tive a sensação que o carro diminuiu em relação à versão anterior. Na parte traseira, um estreitamento na região acima do porta malas, bem evidente ao observar o veículo de lado. Internamente também tive esta sensação. Pode ser apenas o ajuste dos bancos, não tive tempo de observar melhor. A nova traseira o aproximou do Palio que foi descontinuado, do Gol e do JAC J3, este último que sempre me pareceu uma salada com seu design baseado em outros carros. Não gostei deste vinco, mas me parece que o objetivo é diminuir custos, já que em uma linha de produção de milhares de carro, qualquer redução do uso de material acarretará em menos gastos.

A dianteira me pareceu o ponto forte. Bem mais moderna e trabalhada que a versão anterior. Esta última observada de frente parecia reduzir as dimensões do modelo. Agora está mais esportiva, apesar de achar o Logan mais atraente neste aspecto. Talvez fossem versões diferentes.

Uma rápida olhada no painel, que mudou bastante. Algo a mais para chamar de reestilização e diferenciar da versão anterior.

Vi uma versão 1.0 a partir de R$31.000,00, achei o preço bem competitivo, considerando que trata-se de um modelo recém saído do forno, além da possibilidade de negociar. Em contrapartida, virão todos os pontos fracos das 1000 cilindradas. Ouvi um casal conversando próximo ao modelo com a vendedora: "é muito fraco quando sobe ladeiras", mas não sei de qual veículo falavam.

A versão antiga do Stepway estava a venda, se não me engano por cerca de R$42.000,00. Olhei rapidamente os opcionais, sem grandes destaques e com motor 1.6 8V. O novo Stepway deve demorar a chegar.

Sem mais no momento.




ATUALIZAÇÃO: 28/11/2014

Após cinco meses sem contato da concessionária, fiz uma reclamação através do site da Renault sobre a demora na entrega da peça (coifa do semieixo). Após alguns dias, recebo uma ligação em que a atendente informa que consta nos registros que no mesmo dia que estive na concessionária, a troca foi realizada e a OS (ordem de serviço) já encontrava-se fechada. Refutei, dizendo que naquela data fui apenas informado do problema, que a loja não dispunha da peça em questão, e que quando chegasse entrariam em contato, o que não ocorreu. A atendente informou que se houvesse mais alguma dúvida, deveria ir até a concessionária e questionar o consultor, e ainda perguntou se eu estava satisfeito com a ligação (?!?).


Estive na concessionária, informei a situação ao consultor, que constatou que a peça encontrava-se disponível e que iria reservá-la para quando eu fosse realizar o serviço. Este informou que a central de atendimento não tinha acesso ao estoque de peças da loja e, portanto, informou incorretamente sobre a ocorrência. Fui pela manhã, e somente após cerca de uma hora e meia é que receberam o carro. O consultor disse que a demora foi em razão de todos os clientes que estavam com hora marcada apareceram, ou seja, contam com a desistência ou atraso dos clientes para atender em um prazo satisfatório. Informei que o retiraria no dia seguinte, visto que tinha que ir trabalhar e não poderia retornar ao fim do dia. Portanto, saí de táxi até minha residência para buscar um outro veículo. No dia posterior, paguei outro táxi para ir até a loja, e novamente aguardei pouco mais de uma hora, apenas três consultores realizavam o atendimento, com grande dificuldade de dar vazão à demanda que agendaram. Neste momento, o consultor informou que o mecânico avaliou novamente a peça e constatou que não seria necessário realizar a substituição. Após um desgaste de cinco meses aguardando o contato, sendo prejudicado no tempo despendido entre ir e voltar à loja, comprometendo dois dias de minha atividade profissional, além do custo de R$70,00 com táxis, sou informado que a troca não seria necessária.

Sinceramente, falta profissionalismo das grandes marcas do mercado brasileiro. Há quase três anos, quando adquiri o carro, a Renault era uma empresa em ascensão no cenário nacional, em especial com os modelos Sandero e Clio, e buscava se colocar em melhores posições de venda entre as montadoras, oferecendo bom atendimento, flexibilizando o preço do carro e as condições de pagamento, ofertando opcionais por preços convidativos, e boa parte do custo das revisões com preços acessíveis. Alcançou maior vendagem, mas não desenvolveu sua estrutura para atender a clientela a contento, causando transtornos e cometendo os mesmos erros das concorrentes, das quais conquistou compradores. Há ainda dificuldade em conseguir peças com preços acessíveis, isto quando não estão em falta. Por exemplo, a correia poly v (correia do alternador), trocada na revisão dos 60.000km, custa mais que o triplo do preço do mercado externo. Os pneus (185/65 R15), quando não estão em falta, custam de R$350,00 a R$380,00 a unidade. A palheta do limpador traseiro só é vendida juntamente com o braço, o que encarece e muito, podendo até caracterizar venda casada.

Apesar de todos estes entraves, gostei do veículo em relação aos concorrentes, mas agora fico em dúvida se valerá a pena continuar cliente da marca, já que em alguns meses penso em trocar de carro e a rede de serviços encontra-se nesta situação. Repassei este relato à Renault, atualizarei novamente aqui assim que, ou se, receber retorno. Espero que não apresentem novamente paliativos ou distorções das circunstâncias.


As grandes empresas externam que o fazem mas deveriam ter maior cuidado no trato com os clientes, de modo a satisfazê-los e fidelizá-los. Um comprador de carro compacto ou médio hoje poderá tornar-se um consumidor de grandes sedãs ou SUVs amanhã, além de ser um multiplicador de suas experiências negativas e positivas com a marca, podendo influenciar um grande público.
 
 


Referências

domingo, 22 de junho de 2014

COLEÇÃO AYRTON SENNA (PARTE 6) - QUADRINHOS. AYRTON SENNA: A TRAJETÓRIA DE UM MITO



Para homenagear Ayrton Senna, após 20 anos de sua morte, o Grupo Autêntica e a Editora Nemo, em parceria com o Instituto Ayrton Senna, lançou a HQ Ayrton Senna: A Trajetória de um Mito.


 Capa aberta da revista Ayrton Senna: A Trajetória de um Mito.

Trata-se de uma adaptação de parte da história do tricampeão em formato de histórias em quadrinhos. Como é um produto licenciado, os patrocinadores, carros e nomes dos pilotos foram mantidos.

Retrata desde os tempos de kart até a temporada de F1 de 1994, com passagens rápidas em alguns pontos (como os anos na Lotus) e outras mais detalhadas (os anos na McLaren), em um enredo não-linear, com idas e vindas pela carreira do piloto, narrada de forma épica.

HQ Senna e o capacete da temporada 1993

Começa destacando o garoto kartista, que não sabia pilotar na chuva e o jovem piloto, em seu ano de estreia na Formula 1, 1984, dando um show nas encharcadas ruas de Mônaco.

Um traço bem trabalhado para o que se propõe, especialmente os carros e algumas ilustrações do capacete de Senna, dando sensação de velocidade e movimento, com cores fiéis às originais e nuances realistas, apesar dos traços humanos simplificados.

Uma das páginas da HQ

Segue parte da sinopse:
“Com sua genialidade dentro das pistas, Ayrton Senna da Silva conquistou muito mais do que três campeonatos mundiais de Fórmula 1, em 1988, 1990 e 1991. Ele conseguiu se consagrar como ídolo nacional em uma época de instabilidade política e econômica. Levou o orgulho de sua nação nas cores de seu capacete e colocou a bandeira do Brasil no lugar mais alto do pódio por 41 vezes. Mesmo após o acidente em Ímola, há exatos 20 anos, Senna continua vivo nas mentes e corações de fãs de todo o planeta. Para homenageá-lo, sua história no automobilismo é contada na HQ Ayrton Senna: A Trajetória de um Mito”.

A revista está à venda no site do grupo por R$29,90 mais o frete. Altamente recomendado ao fã de Formula 1 e em especial de Ayrton Senna.
Clique aqui para comprar.

Aqui no blog um outro projeto de adaptação da história de Senna para Anime foi apresentado. É o trabalho de Rafael Garutti. Veja em:  AYRTON SENNA EM ANIME - SENNA, THUNDER PRINCE.

Referências