quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

AUTOMOBILISMO E MÚSICA (PARTE 1): COSMIC GIRL - JAMIROQUAI

O blog já tem uma seção sobre AUTOMOBILISMO NO CINEMA, que abordou o filme Dias de Trovão. Penso em estendê-la a filmes que abordem não só competições (já que limitaria a poucas películas), mas também a filmes que abranjam carros em geral, como De Volta para o Futuro (Back to the Future), Quem não Corre Voa (The Cannonball Run), etc. Contudo, pensava em fazer outra seção, com músicas que apresentam em suas letras e clipes menções aos veículos automotores. A ideia surgiu em mais uma jornada diária de trânsito, quando ouço no rádio:
 
So remember when we were driving, driving in your car
Speed so fast feel like I was drunk
City lights lay out before us
And your arm felt nice wrapped round my shoulder
And I had the feeling that I belonged
And I had a feeling I could be someone, be someone, be someone
 
Fast Car – Tracy Chapman, que será explanada em outra oportunidade.
Hoje, zappeando os canais da SKY, parei no TCM, canal de filmes antigos, que costuma exibir filmes e séries da época que mais gosto: os Anos 1980-1990. Fim do episódio de Miami Vice, mudo o canal por uns instantes e retorno. Estava passando um videoclipe, que geralmente é exibido antes de um filme (Prévia TCM, ou Videoclipes TCM Grandes Êxitos Vol. 1). O filme de hoje: Negócio Arriscado (Risky Bussiness) de 1983, com Tom Cruise e Rebecca De Mornay que também apresenta um Porsche. Voltando ao clipe, levei algum tempo para reconhecer. Três carros esportivos realizando curvas velozes, em um tipo de corrida urbana, em estradas comuns. Então, um trecho da música me remete à 1997 (“she is just a cosmic girl...”), bons tempos da MTV Brasil, em uma época pré-internet, passava algumas madrugadas assistindo clipes. Havia muito mais música que programas monótonos da fase recente. Tratava-se justamente da música: Cosmic Girl, do grupo britânico Jamiroquai.

Ferrari F355 em uma das tomadas do clipe
Fonte: Imcdb.org
          
Lembrei que na época assistia o clipe impressionado com aquelas máquinas, três grandes esportivos, que eventualmente via nas Revistas Motor Show, que colecionava. Então sempre que a MTV exibia, parava para assistir.


Cosmic Girl - Jamiroquai


Tratam-se dos seguintes carros: o clipe inicia com uma Lamborghini Diablo SE30, cor roxa, parada no acostamento. Ao fundo, com faróis escamoteáveis acesos, surge uma Ferrari F335 Berlinetta preta, ainda não muito visível. A seguir, focaliza-se uma Ferrari F40 vermelha ao lado da Lamborghini (e suas clássicas portas que abrem para cima), ainda estáticas. A Ferrari F335 passa em alta velocidade e os ocupantes das demais máquinas passam a seguí-la. A partir daí, revezam-se imagens do vocalista Jay Kay pilotando e cantando, com excelentes tomadas dos bólidos. É como bálsamo para os fãs de automobilismo, que imaginam-se guiando os foguetes (à época, com 19 anos, tinha em meu quarto pôsteres com a F335 e com a Ferrari F50).  A música, moderna, mas com forte influência dos anos 1970, lembra alguns temas de Arcades (jogos de fliperama) da época. O clipe em alguns momentos lembra comercial de carros, mas Jay é um grande fã de automobilismo, e levou sua paixão para as telas. Ao final, a Lamborghini em uma passagem em alta velocidade, tal qual a F335 do início.
Álbum: Traveling Without Moving - Jamiroquai. Simulando o logo da Ferrari

Abaixo é possível vê-lo em sua casa com um casaco da Ferrari, em uma pequena demonstração de corrida de carros-gaiola, além de apresentar sua coleção automotiva.


Jay Kay Car Collection

Lembrava de Jamiroquai em outro clipe famoso e bem criativo: Virtual Insanity. Ouvia e pensava que o cara era um Steve Wonder cover, tal semelhança entre as vozes.
Paro por aqui para rever mais algumas vezes o videoclipe Cosmic Girl. Até a próxima.

Veja também:
AUTOMOBILISMO E MÚSICA (PARTE2): FASTER - GEORGE HARRISON. HOMENAGEM A SENNA, TV MANCHETE, 1994  

Referências

terça-feira, 12 de novembro de 2013

FELIPE MASSA E A F1 2014 (PARTE 2)

Após uma série de especulações que colocavam o brasileiro Felipe Massa na equipe Williams. O time inglês confirma o piloto para a próxima temporada, no lugar do venezuelano Pastor Maldonado e ao lado do finlandês Valtteri Bottas.
 
Um dia após a festa de despedida da Ferrari, Felipe Massa foi anunciado como piloto da equipe Williams-Mercedes para a temporada de 2014. A equipe descreve o brasileiro como “experiente, talentoso e comprovadamente vencedor”, com 11 vitórias, 36 pódios e quase campeão em 2008, em uma disputa apertada. Ressalta também seu trabalho na conquista dos títulos de construtores em 2007 e 2008.


 Felipe Massa visitando a sede da Williams e anunciando o contrato

Nos tempos de criança em que apenas assistia a Formula 1, Felipe colocava a Williams entre as três equipes que gostaria de correr, ao lado de Ferrari e McLaren. Massa afirma também que vários e importantes brasileiros integraram a equipe, havendo uma forte ligação desta com o público brasileiro (contudo a maior lembrança que fica para o Brasil é a morte de Ayrton Senna).
 
O brasileiro espera que com a mudança nas regras para o ano que vem, aliada com sua experiência e motivação, a Williams F1 possa superar o atual momento ruim e encontrar uma direção certa.

 
Williams F1 Team Logo
Imagem: Williams F1
 
Muito se falou nos últimos dias sobre o destino de Massa. A Williams, tradicional equipe, vencedora nos anos 1980 e 1990, terá uma boa oportunidade de se reerguer no próximo ano, em contrapartida à péssima temporada atual. Quatro dos cinco maiores pilotos brasileiros pilotaram pela equipe: em ordem cronológica: Nelson Piquet (1986-87), Ayrton Senna (1994), Rubens Barrichello (2010-11) e agora Felipe Massa (a exceção é Emerson Fittipaldi). Antonio Pizzonia (2004-05) e Bruno Senna (2012) também pilotaram os carros ingleses. Como dito na PRIMEIRA PARTE DESTA POSTAGEM, parece ter havido uma influência da Rede Globo na manutenção de Massa na F1, de modo a haver pelo menos um piloto brasileiro na categoria, assegurando os interesses comerciais da emissora com o esporte.
 
A Petrobras, que já foi confirmada como anunciante comercial nas transmissões da F1 2014, poderá retomar a parceria com a Williams, já que a petrolífera venezuelana PDVSA deixará a equipe, juntamente com Maldonado, arcando com boa parte da multa de €30.000.000,00 pelo rompimento antes do fim do contrato que estava válido até 2015.

 
Motor Mercedes V6 turbo 1.6 litros que equipará a Williams em 2014
 
A Williams aposta na experiência de Massa e na juventude e ímpeto de Bottas, para realizar uma boa temporada em 2014. Com o novo regulamento, o peso do piloto será determinante para a distribuição de lastro, visando equilibrar melhor o chassi. Como Felipe é um dos pilotos mais leves do grid, contribuirá com a equipe neste item.

Massa anunciando o contrato com a Williams

Quem acompanhou a Formula 1, no final dos aos 1980 e início dos 1990, sabe a força e a tradição vencedora que a equipe Williams possuía. As cores azul, amarelo e branco (como relatado no post sobre os CARROS MAIS BONITOS DA F1) eram sinônimo de vitória e desempenho de alto nível, em uma época na qual o uso e desenvolvimento da tecnologia eletrônica era admitida e incentivada. Os carros de Nigel Mansell em 1992 e Alain Prost em 1993 representavam o ideal da ciência automotiva daquele momento. Espera-se que a parceria Williams-Mercedes e Massa possa trazer novas expectativas de melhores resultados ao brasileiro, que desde que a Ferrari anunciou que não iria renovar seu contrato, vem alcançando boas posições, ao contrariar as ordens da equipe contestando-as, como quando sugeriu uso de pneus que o prejudicariam colocando-o atrás de Fernando Alonso.

 
 Felipe Massa

Massa já mostrou que é competitivo, vencendo por duas vezes o GP de Interlagos, em 2006 (primeiro e atualmente único brasileiro a vencer em casa após a vitória de Senna em 1993) e 2008, ano que quase sagrou-se campeão, por um ponto de diferença. Agora rumo a 2014, sem ter que se submeter a ser o segundo piloto da equipe. O contrato é válido até 2015, podendo prorrogar até 2016.

 
 
Massa e Frank Williams

 

Referências

 
Terra F1
Terra F1
Wikipedia - Williams F1
Williams F1

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

OS PRIMEIROS TESTES DE SENNA NA F1 (1983) E O ACERTO PARA 1984

“Ayrton Senna foi tão bem no teste com um Formula 1, na Inglaterra, que ninguém duvida: ele será o próximo brasileiro na categoria, e com condições de exigir um bom contrato”. Revista Quatro Rodas, agosto/1983.
 
 
Senna em seus primeiros testes com carros de F1. Williams, McLaren e Toleman
 
19 de julho de 1983. Donington, Inglaterra. “É hoje!”. Disse Senna ao chegar aos boxes da Williams para seu primeiro teste na Formula 1, dando um tapinha no aerofólio. E foi mesmo. Senna pilotou o Williams-Ford/Cosworth FW08C 3.0 V8 aspirado (premiação concedida ao campeão da F3 inglesa) reserva de Keke Rosberg para o GP da Inglaterra, realizado dois dias antes, e com 20 cavalos a menos que o bólido principal, além de guiar com 75 litros a mais que o necessário, por solicitação de Williams, temendo pela integridade do piloto e do carro, além dos pneus de corridas usados, em vez de pneus de classificação, mais velozes. O banco também estava ajustado para as dimensões do finlandês. A partir da terceira volta, Senna bateu o tempo de Jonathan Palmer, piloto de testes da equipe e também da F2 Europeia, baixando em um segundo a melhor marca da pista.
 
Comentário de Frank Williams após Senna bater o recorde da pista de Donington para motores aspirados (1:00:05): “Fantástico!”. Frank havia preparado um plano de adaptação para Ayrton, mas não foi necessário, sua adaptação foi imediata. Senna já despertava a atenção da mídia brasileira, que transmitiu provas da F3 e acompanhou os testes na F1, com a presença de Reginaldo Leme.
 
Senna testando a Williams-Cosworth de 1983
Foto: Revista Quatro Rodas, Ano XXIII. Nº277. Pg. 151. Editora Abril. Agosto-1983.
 
Após o teste, Frank disse a Ayrton: “Não assine com ninguém antes de falar comigo”. Mas Williams já tinha outros pilotos sob contrato. Posteriormente, o britânico afirmou que foi bom para Senna não ter sido contratado naquele período, já que o carro do ano seguinte revelou-se bem problemático (apesar de uma vitória e um segundo lugar de Rosberg), com várias retiradas.
 
 25 de outubro de 1983. Silverstone, Inglaterra. Ao testar a McLaren-Ford/Cosworth MP4/1C (Mrlbr Project Four) 3.0 V8 aspirado (primeiro carro a utilizar fibra de carbono em seu monocoque), em Silverstone (juntamente com Martin Brundle e Stefan Belof, superando ambos), Senna afirma ter se sentido bastante confortável ao guiar o carro, obtendo resultados melhores do que esperava e observando a importância que um carro rápido e bem acertado tem para o bom desempenho do piloto. O que Ron Dennis se propôs a oferecer a Senna foi a posição de piloto de testes, mas sem perspectivas de assumir um dos postos, (algo semelhante ao que Frank Williams propunha) visto que contava com Alain Prost e o então bicampeão Niki Lauda. Senna declinou.
 
 
McLaren-Ford, 1983
 
 09 de novembro de 1983. Silverstone, Inglaterra. No teste com a Toleman-Hart TG183B 415T 1.5 L4 Turbo, Senna experimentou pela primeira vez um motor com turbocompressor. Os Ford/Cosworth aspirados que testara possuíam cerca de 510cv, enquanto que o Hart turbo alcançava cerca de 600cv. Os motores turbo também possuíam uma peculiaridade denominada “turbo lag”. Consistia em uma reação retardada do motor ao se pressionar o acelerador, que respondia com algum atraso mas de forma abrupta, acarretando em uma pancada na nuca, devido ao forte empuxo. Chris Witty, homem de marketing da Toleman, lembra de como Senna descreveu de forma precisa a Rory Byrne, o projetista da equipe, como estava e como queria o ajuste do turbo. Byrne disse: “Senna é o cara. Ele é brilhante. Nós temos que contratá-lo”. Com a pista molhada, Ayrton marcou 1:12:04 com pneus de corrida, marca mais rápida que a de Derek Warwick, titular da equipe com pneus de classificação. À tarde, com alguns ajustes e pista mais seca, Senna marca uma volta de 1:11:05, que lhe conferiria a quinta colocação no GP daquele ano, à frente das Brabham-BMW.
 
Toleman-Hart de 1983
Foto: Flickr.com
 
14 de novembro de 1983. Paul Ricard, França. Senna testa a Brabham-BMW M12 1.5 L4 Turbo, um sofisticado projeto de Gordon Murray que deu o segundo título a Nelson Piquet. Um dos primeiros capítulos da rivalidade Senna vs Piquet. Bernie Ecclestone, almejava contratar o brasileiro, mas a Parmalat, principal patrocinadora, preferia ter um americano ao lado de Piquet, que também não queria o compatriota na equipe, alegando que nunca iriam se dar bem, por serem brasileiros (?!?). Bernie, a exemplo de outros proprietários de equipes, estava de olho na jovem promessa e disse que Senna era mais veloz que Piquet, e por isto ele não o queria na equipe. Piquet deu algumas voltas para ajustar o carro, em seguida colocou pneus novos e marcou 1:06:00, Senna e Mauro Baldi marcaram tempos próximos, com 1:06s acima de Piquet, Senna 0,1s acima de Baldi. Ayrton disse que foi o pior teste que fez, sentindo-se desconfortável com a Brabham. Reginaldo Leme, que acompanhou seu teste com a Williams, acredita que o carro estava um pouco diferente, com a interferência de Gordon Murray. Há várias versões sobre este teste, uma delas afirmando que Piquet vetou Senna, com testemunhos de Herbie Blash, diretor da equipe, Cris Witty, da Toleman, que participou das negociações e o próprio Senna.
 
 
Brabham-BMW, 1983
 
Senna disse que Williams e Brabham não ofereceram uma proposta tal como ele esperava. Bernie Ecclestone, tinha fama de não pagar grandes salários a seus pilotos. Senna, desde outras categorias, sabia o seu valor, e mesmo enquanto desconhecido, exigia bastante das escuderias. Um dos donos uma vez perguntou: “Quem diabos ele pensa que é?”. McLaren e Williams desejavam contratar Senna apenas para 1985, sem maiores garantias de que iriam ceder um assento ao piloto.
 
A Lotus, apesar de não ter oferecido o carro para Senna testar, também tinha interesse em formar uma dupla com Ayrton e Elio de Angelis. Mas, os patrocinadores ingleses pressionaram para Nigel Mansell ocupar seu lugar, e assim aconteceu.
 
Dick Bennett, chefe de equipe de sua escuderia na F3, também havia convidado Senna para disputar o campeonato europeu de F2.
 
Senna também ocupou o posto de piloto de testes da Pirelli, que fornecia pneus para Toleman, Osella, Spirit e ATS.
 
 
Senna e a Toleman em 1984
 
Como característica da época, notamos a insegurança na realização de testes, sem a presença evidente de equipes de resgate. Além da fragilidade do cockpit, fato evidenciado no ano seguinte em um acidente com a Toleman de Cecotto.
 
Ayrton queria o posto de piloto titular, oferecido apenas pela Toleman. Ele via a equipe incapaz de disputar com Ferrari, Renault e Brabham, mas com potencial de disputar o pódio, talvez já em 1984. Senna assina então um contrato de três anos com a Toleman, equipe média que entrava em seu quarto ano, assumindo o primeiro posto. Dentre as cláusulas, Senna exigiu que caso o carro não se apresentasse competitivo, rescindiria o contrato. Um carro mediano, mas, como veremos em breve, possibilitou a Ayrton mostrar a que veio.
 
Senna fala sobre seu contrato com a Toleman
 
Curiosidade: a Toleman foi comprada pela Benetton, que foi comprada pela Renault, hoje denominada Lotus.
 
 
Referências
 
HILTON, Christopher. Ayrton Senna: uma lenda a toda velocidade: uma jornada interativa. São Paulo, Ed. Global, 2009.
Revista Quatro Rodas Ano XXIV. Nº280. Pg. 186. Editora Abril. Novembro-1983.
Revista Quatro Rodas Ano XXIV. Nº283. Pg. 135. Editora Abril. Fevereiro-1984.
RODRIGUES, Ernesto. Ayrton: o herói revelado. Rio de Janeiro, Ed. Objetiva, 2009.
 
 

terça-feira, 1 de outubro de 2013

FELIPE MASSA E A F1 2014 (PARTE 1)

Com o fim do contrato de Massa com a Ferrari após oito anos, especula-se qual será o destino do brasileiro para 2014.
 
Felipe Massa - Ferrari
Foto: Motorsport

 A vaga mais almejada parece ser a da Lotus-Renault. Com o posto deixado por Kimi Raikkonen, que ocupará justamente a vaga de Felipe, e o bom retrospecto da escuderia em 2013, além de um possível interesse da montadora francesa em expandir ainda mais sua participação no mercado de automóveis do Brasil (a exemplo do que aconteceu com Bruno Senna), principalmente em razão de a equipe cogitar assumir o nome Renault novamente. Este deve ser o caminho natural para o experiente piloto permanecer na F1, apesar de o desempenho do brasileiro não ter sido dos melhores nos últimos anos, mas o que prevalece na F1 atual é o interesse comercial.

Motor Renault – RS27 2013
 
Fala-se também em uma troca total de pilotos, visto que o francês Romain Grosjean, apesar de ter evoluído bastante em comparação à temporada passada, esteve sempre atrás do finlandês, e caso permaneça, será apenas uma forma de manter um piloto compatriota da montadora.

Especula-se também uma possível ida para a McLaren, ocupando a vaga do mexicano Sergio Pérez, o que seria uma decisão mais acertada já que a equipe apresenta uma estrutura mais adequada para adaptar-se à mudança de regulamento para o próximo ano (utilização de motores V6 1.6 litro turbo em substituição aos V8 2.4 litros aspirados), além do retorno do motor Honda para 2015 (mantiveram parceria de 1988 a 1992), que já deve estar trabalhando no propulsor, em contrapartida à péssima temporada atual.
 
  
McLaren MP4-28
 
Outra opção seria a Williams, mas não parece ser uma alternativa viável na busca de bons resultados, já que a equipe está realizando uma atuação sofrível neste ano, e anda mal de orçamento, devendo buscar um piloto pagante, mesmo com Massa apresentando bons patrocínios.

A Force India surge como uma zebra, com poucas possibilidades.
 
Williams F1 2013
 
Como última opção de permanecer na F1, encontra-se a Sauber, (que projetou Felipe para a Ferrari) que ao contrário de outros anos, também não apresentou bom desempenho na temporada e, outrossim, não dispõe de grande orçamento, devendo permanecer como equipe pequena/média. Seria apenas uma forma de continuar figurando na categoria.
  
Sauber C32
 
Caso não encontre equipe na F1 para 2014, o piloto de 32 anos deverá migrar para outra categoria. O destino mais comum para quem deixa a F1 costumava ser a F-Indy, mas atualmente as categorias de turismo passaram a receber estes pilotos com maior frequência.
 
Comenta-se também que a Rede Globo tem se mobilizado para manter Felipe na F1, tentando evitar um hiato de brasileiros, algo que não acontece desde a entrada de Emerson Fittipaldi. A emissora em recente matéria no Jornal Nacional, confirmou o patrocínio de várias empresas para a transmissão do próximo ano, em uma tentativa de manter a audiência (ou talvez já esteja certa da permanência do brasileiro). Em 1994, após a morte de Senna, falou-se também na interferência da Globo para a ida de Rubens Barrichello para a Williams naquele ano e para a McLaren em 1995. Nenhuma das duas situações se confirmou, e muitos telespectadores deixaram de acompanhar as corridas, apesar de que os verdadeiros apreciadores do automobilismo continuarão a seguir os GPs, independente da presença de compatriotas.
  
Felipe Massa. Interlagos, 2006
Foto: Crash.net
 
Felipe Massa já apresentou bom desempenho na F1, vencendo inclusive por duas vezes o GP do Brasil, em 2006 e 2008, tendo naquele último ano, conquistado o vice-campeonato, quase alcançando o título, não apenas por um ponto de diferença no último GP, mas em razão de uma série de erros da Ferrari nos pit stops daquela temporada.
 
Talvez a mudança de ares, caso permaneça na F1, fará bem a Felipe, desde que a equipe em questão mantenha em aberto a disputa entre seus pilotos, não privilegiando alguém em seu detrimento, a exemplo do que fez a Ferrari em relação a Alonso.

ATUALIZAÇÃO:
Em 11 de novembro, Massa anuncia o acerto com a Williams, CLIQUE AQUI para acompanhar a segunda parte da postagem.
  

Referências
 

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

MÚSICAS QUE OUÇO NO CARRO (PARTE 2)

Continuando a série: MÚSICAS QUE OUÇO NO CARRO.

Pesquisando sobre os Anos 80 recentemente na internet, encontrei uma atração constante da Rede Globo daquela época. Trata-se de Jean Michel Jarre. Lembrava apenas de um show com vários teclados, sendo um deles com teclas luminosas e o músico tocando em feixes de laser.
 

Video Show apresentando Jean Michel Jarre
 
Ao assistir os vídeos vi que tratavam-se de vários hits clássicos do synthpop, como o Oxygene 2 e o Equinoxe 5, amplamente utilizados em chamadas de programas como o Telecurso 2° Grau e o Globo Ciência, além de intervalos comerciais.

 
Oxygene 2

 
O músico francês, contemporâneo do grupo Kratwerk, pioneiro do synthpop, e de Vangelis, utilizou conceitos bastante avançados para a época. Ouvi-lo remete a imagens futuristas, não por acaso, os vídeos disponíveis na internet associam sua música com viagens interplanetárias e imagens do espaço.

 
Equinoxe 5 Ao Vivo

 
Mais um clássico:
 

 
Rendez-Vous 4

 
Fechando o grupo dos quatro maiores sucessos de Jarre que considero, está Calypso 1. Tenho uma vaga lembrança de ouvi-la em programas de esporte da época, parques de diversões ou circos.
 

Calypso 1

 
Há também a Oxygene 3, meio tétrica, com estilo medieval barroco, som similar a piano cravo. Combinaria com algum filme de terror.
 

Oxygene 3
 
O synthpop é uma grande marca dos Anos 80, apesar de o estilo ter surgido na década de 1970 e ainda hoje possuir representantes. Mas naquela época os sintetizadores eram uma grande novidade. Basta ver como o som do RPM, por exemplo, era diferente de tudo que se conhecia nacionalmente à época (1985). Os teclados tiveram uma grande marca também na trilha sonora de alguns desenhos como He-Man, e uma série de filmes como Retroceder Nunca, Render-se Jamais, Um Tira da Pesada e etc. seguindo a tendência do período.
 
Jean Michel Jarre está na minha playlist automotiva atualmente, também pelo seu efeito relaxante. Juntamente com Vangelis e Enya, são estilos que quebram um pouco a tensão dos engarrafamentos diários.

O teclado utilizado por Jarre em 1986
 
Há ainda uma série de outras músicas bem interessantes. Fica a dica para quem já conhece relembrar e para quem ainda não conhece ver se aprova.

domingo, 5 de maio de 2013

ENCERAMENTO AUTOMOTIVO - CERAS COLLINITE 476S E 915

Nos idos de 1996, não era comum encontrar ceras de maior qualidade. As ceras disponíveis, geralmente encontradas em supermercados, costumavam dar um brilho mediano aos veículos, e fraca proteção, sendo removidas com certa facilidade, por chuvas ou novas lavagens. Era a época da estopa, flanela amarela, sabão de côco e escovas. A novidade neste expediente eram as ceras de silicone. Uma cera muito boa era a Silicone Glaze da AmWay, líquida, de fáceis aplicação e remoção (na verdade, ceras a base de silicone são chamadas de selantes), à época custava R$49,00, e era considerada cara. Contudo, rendia muito, e por sua qualidade, valia cada gota, contribuindo também com a impermeabilização da pintura. Há alguns anos, entrei em contato com a AmWay para saber se ainda era possível adquirir uma unidade, mas informaram que descontinuaram a venda no Brasil.
Cera Automotiva Silicone Glaze - AmWay
Foto: AmWay
Há cerca de uns cinco anos, os produtos da 3M passaram a ser comercializados de forma mais abrangente. Em alguns supermercados encontramos a Cera Brilho (pastosa, mas com pouca viscosidade, à base de cera de carnaúba e silicone) e a Cera Rápida (líquida). Todavia, são produtos de melhor qualidade, mas igualmente de pouca duração/fixação.



Cera Brilho 3M
Foto: 3M
Atualmente, é possível comprar pela internet uma gama de produtos. Dentre as mais elogiadas estão: Cera 3M Perfect-It Paste Wax, Collinite 476 S Super Doublecoat Auto Paste Wax e Collinite 915 Marque D’elegance.
Cera 3M Perfect-It Paste Wax
Falando especificamente das ceras Collinite, a 476S contém alta concentração de cera de carnaúba e costuma ser indicada para pinturas claras e metálicas, por destacar os tons brilhantes claros. Dá o aspecto de “brilho molhado” e impermeabiliza a pintura, favorecendo o escoamento da água e da sujeira.
Cera Collinite 476 S Super Doublecoat Auto Paste Wax
Promete proteger por até oito meses após a aplicação, mesmo enfrentando sol e chuva, mas na prática, resiste bem por uns dois meses.
Com o uso regular, de pelo menos uma vez por mês, uma lata durará por muito tempo. Seguem dois carros encerados com a Collinite 476S:
Gol G4 encerado com Collinite 476S
Sandero Bege Poivre com Collinite 476S
Sandero com Collinite 476S e a projeção da pintura metálica
Sandero com Collinite 476S e o aspecto de "brilho molhado"
Já a Collinite 915 é indicada para veículos com cores escuras, promovendo também “brilho molhado”, preenchimento temporário de riscos, duração de seis meses e impermeabilização. Aplicação e remoção mais fácil que a 476S.
Collinite 915 Marque D’elegance
Seguem fotos do carro do amigo Cléber encerados com a Collinite 915.
VW Polo encerado com Collinite 915 e o efeito espelhado
A Collinite 915 ressai muito bem em cores escuras
As ceras devem ser aplicadas com o carro lavado e completamente seco. Nada de estopa para aplicar e remover, pois as linhas podem riscar a pintura. Para aplicar podem ser usados papel de polimento ou espuma aplicadora, esta última permite uma aplicação mais fácil e rápida. Para uma melhor fixação da cera, sugere-se a aplicação de um selante 24 horas antes, como a Meguiars NXT Generation Tech Wax 2.0.
Espuma aplicador, papel de polimento e pano de microfibra
Sugere-se aplicar em uma área de 50x50 cm e em seguida remover. Costumo aplicar em duas peças (teto e capô) e a seguir remover a cera da primeira (teto), após aplicar em uma terceira (lateral dianteira) e remover da segunda (capô), e assim sucessivamente. Para remover, o ideal é utilizar pano de microfibra.
Para a lavagem, utilizar espumas ou luvas com tecido em microfibra. Esponjas de espuma costumam acumular sujeira e riscam a pintura. Breve um post com procedimentos de lavagem.


ATUALIZAÇÃO: 08/01/2015

Novas fotos do VW Polo acima, após um ano e meio, ainda tratado com a mesma cera. Interessante que a pintura parece que ficou ainda melhor. Talvez em razão do ângulo e da luz, ou da própria cera mesmo.


VW Polo, janeiro de 2015


O efeito espelhado permanece

Este veículo está a venda, interessados acessem: Candeias-bahia.olx.com.br.

Referências