domingo, 28 de outubro de 2012

TOP TEN – CARROS MAIS BONITOS DA F1 (PARTE 1)

Os carros de Formula 1, com os inúmeros patrocinadores e constantes alterações em suas linhas aerodinâmicas, apresentam forte apelo visual, em sua profusão de cores e designs.
 
A seguir, os carros que considero os mais bonitos nestes quesitos. Listei principalmente os bólidos do início dos anos 90, já que não aprecio os modelos posteriores, com o “bico tubarão”. Há carros dos anos 80 com excelentes pinturas, mas com desenhos que não considero harmônicos, e portanto apenas um foi citado.
 
10° lugar) Leyton House March Racing Team 881 Judd V8 - 1988. Começo a lista com este modelo por tratar-se de uma das primeiras referências de Formula 1 que me recordo. Vi em uma loja de aeromodelos e miniaturas de veículos e carros de corridas no aeroporto de Salvador, no final dos anos 80 (ainda há uma loja lá com estas características, contudo, com a reforma que ocorreu em 2000, não sei se trata-se do mesmo estabelecimento). Sempre que ia ao aeroporto, via aquela miniatura, anos antes de acompanhar as corridas. A cor azul clara dava mesmo uma impressão de um “carro de brinquedo”. Mas vamos aos dados técnicos: este carro foi projetado por Adrian Newey, desde já inovador. Observe as linhas aerodinâmicas laterais e lembre-se que trata-se de um carro de 1988. Foi o primeiro a incorporar o “Santo Antônio” com a entrada de ar para o motor e a elevar o bico do carro. Motor aspirado em uma temporada em que os turbos se destacaram, mas com boas atuações como um segundo e um terceiro lugar nos GPs da Bélgica e Portugal respectivamente, com o italiano Ivan Capelli. O brasileiro Maurício Gugelmin também integrava a equipe, em sua temporada de estreia. Uma pintura bastante simples e elegante.
 
 
Gugelmin em seu March Judd 881 - 1988
  
9° lugar) Benson & Hedges Jordan Peugeot 196 A10 V10 – 1996. Em 1995 a Jordan abandona o motor Hart V10 e aceita o Peugeot V10, descartado pela McLaren, que o utilizou na temporada anterior. Se na equipe de Ron Dennis, o motor francês já decepcionava, com seguidas explosões, na Jordan não foi diferente. O motor Hart se não era potente pelo menos era confiável, o Peugeot prometia 70cv a mais de potência, mas era raro não ver uma nuvem de fumaça branca e o piloto abandonando a corrida, basta verificar as estatísticas de 1994 a 1997. Creio que surgiu daí a injusta fama de Barrichello como “destruidor de motores”. Desde então, vejo com enorme desconfiança os carros de rua da Peugeot. A propaganda transcende as pistas, neste caso de forma negativa. O carro de 1995 apresentava entradas de ar muito pequenas, que se revertiam em superaquecimento do motor, em 1996 acrescentaram outras duas nas laterais. Com a saída da Sasol, a Jordan passa a receber o patrocínio da B & H, incorporando o amarelo ou o dourado às suas cores. Esta coloração, com detalhes em preto e vermelho dá ao carro um aspecto sofisticado e muito bonito. Pena que a beleza não veio acompanhada de resultados. O carro apresentava crônicos problemas aerodinâmicos (saía de frente em curvas de baixa e de traseira em curvas de alta) e motor nada confiável.
 
 

Jordan Peugeot 196 - 1996
Foto: Wikipedia
 






8° lugar) HSBC Jaguar Racing R1 Cosworth CR2 V10 – 2000. Para 2000 a Ford almejava retornar à F1 com equipe própria, comprando portanto a equipe Stewart, que teve um grande ano, com resultados muito bons de Barrichello, que os levaram à Ferrari. A equipe é batizada de Jaguar, braço esportivo da montadora e assume parceria com o banco HSBC. Contou com os pilotos, Eddie Irvine, Johnny Herbert e Luciano Burti, porém pontuando com apenas um quarto lugar. O verde metálico e a bela combinação com o branco e detalhes em vermelho deram um aspecto bastante esportivo ao carro. Ao final de 2004, a Ford decide abandonar a categoria, e vende a equipe para a Red Bull, que é hoje a principal equipe da F1.
 
Herbert e o Jaguar Ford R1- 2000
Fonte: Imcphoto

 
7° lugar) Sasol Jordan 194 Hart 1035 V10 – 1994. Rubens Barrichello havia estreado na F1 no ano anterior, com boas atuações a exemplo do GP da Europa. Em 1994, com a morte de Senna, o Brasil, acostumado com pilotos vencedores, volta seus olhos para o garoto e sua equipe média querendo ser grande. Demasiada pressão para alguém em sua segunda temporada, ter que substituir o maior de todos os tempos. O carro classificado por Barrichello como “equilibrado, mas fraco” e “muito agradável de pilotar”, esteve muitas vezes próximo do pódio, obtendo inclusive uma terceira colocação no GP do Pacífico e a pole position no GP da Bélgica. O carro apresentava predominantemente a cor azul da petrolífera Sasol, com detalhes em “verde irlandês”, azul claro, vermelho e branco. Para o público brasileiro, destacava-se o patrocínio da Arisco, que acompanhava Rubens desde as categorias de base. Um carro simpático, com linhas harmônicas, agradável de se ver. Uma curiosidade, é que Barrichello recebeu este carro (sem motor), como parte de seu pagamento para a temporada de 1995. Este encontrava-se na oficina de Sid Mosca, com acesso disponível para visitantes.

P.S.: o programa Linha de Chegada, de Reginaldo Leme, na SporTV, é realizado na oficina de Sid Mosca, e em algumas tomadas é possível visualizá-lo.
 
Jordan Hart 194 - 1994
 
6° lugar) Broker Sauber Mercedes C13 Mercedes-Benz 2175B V10 – 1994. Treinos do GP da Bélgica, chuva, surge um carro negro rodando após um erro do piloto. Observo o carro, com suas linhas elegantes e discretas. O defini como um exemplo de carro de F1, como se fosse uma maquete de 1:1, já que sua cor o remete aos carros nas fases de teste, ainda sem os patrocinadores. O que seria muito simples passou a ser muito bonito. Detalhes com uma série de pequenos círculos brancos, cinzas e vermelhos complementavam o design do carro. Os patrocinadores apresentavam-se em adesivos brancos, mesmo destoantes de suas cores originais (como a Castrol), combinaram muito bem. O detalhe final é um adesivo com um desenho da tradicional marca de relógios Tissot. Um tanto inusitado, mas que deu uma personalidade única ao bólido. Outro fato importante foi a potência demonstrada pelo motor Mercedes, que para a temporada seguinte migrou para a equipe McLaren, parceria mantida até hoje.
 
 
Sauber Mercedes C13 - 1994
Foto: Farm4
 

 Cliquem aqui para ver os cinco primeiros colocados.
 
 
Referências:

Rev. Quatro Rodas, 435 – Outubro de 1996
Rev. Quatro Rodas, 597 – Novembro de 2009

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

ANIVERSÁRIO DE BRUNO SENNA

Hoje, 15 de outubro, o piloto Bruno Senna completa 29 anos de idade.

Bruno Senna no GP de Mônaco
 

O brasileiro está em seu terceiro ano na Formula 1 (segundo completo), integrando a equipe Williams-Renault, com passagens anteriores por Lotus e HRT.
 
Bruno na Lotus-Renault em 2011
 
Bruno encontra-se com 25 pontos na temporada, oito a menos que seu companheiro e primeiro piloto da equipe, Pastor Maldonado, que já obteve uma vitória. Encontra-se com a desvantagem contratual de ter que ceder seu carro em alguns treinos livres ao piloto reserva finlandês Valtteri Bottas, o que compromete sua adaptação e acertos para os GPs.
 
No GP da Europa
 
O piloto está precisando de resultados mais consistentes para pleitear uma melhor posição na mediana equipe Williams para a próxima temporada, ou negociar com outras escuderias.
 
Vamos aguardar. Parabéns Bruno, torcemos por melhores atuações.
 
Referências
 

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

AYRTON SENNA ELEITO O MELHOR PILOTO DA HISTÓRIA DA MCLAREN

A equipe McLaren, divulgou lista formulada pelo jornalista automotivo Alan Henry, enumerando os 50 maiores pilotos, de acordo com sua contribuição ao time, em todas as categorias que disputou.
 
Senna figura na primeira posição, em um comparativo com o fundador da equipe, Bruce McLaren. São abordadas características como a personalidade dos pilotos, suas origens, a dedicação de ambos no trato com o automobilismo, a idade da morte de ambos (32 para o neozelandês e 34 para o brasileiro), e o sucesso de Ayrton como piloto e de Bruce como construtor da equipe. Senna foi também o piloto que conquistou mais vitórias pelo time
 
Senna eleito o melhor piloto da McLaren
 
A lista não apresenta pilotos que estão em atividade, portanto, Hamilton, Button, e Alonso estão fora, mas Raikkonen é citado, talvez tenha sido feita antes do retorno do finlandês, isto não está bem claro.
 
Contudo, o rank é bastante controverso. Mika Hakkinen, bicampeão pela equipe, aparece na segunda colocação, à frente de Alain Prost na terceira, que conquistou três de seus quatro títulos pela equipe (1985, 1986 e 1989). Emerson Fittipaldi surge na quinta posição.
 
Nigel Mansell aparece na 48ª colocação, visto que disputou apenas duas corridas, em 1995, obtendo a décima colocação em San Marino e e um abandono na Espanha (ele ficou fora das primeiras corridas por não caber no cockpit). Michael Andretti, que ficou mais conhecido como destruidor dos carros da equipe em 1993 teve a “honra” de aparecer na penúltima colocação.
 
Esta lista apresentou-se muito extensa, talvez um Top 20 fosse mais interessante, listando pilotos que apresentaram alguma contribuição para a equipe. Muitos nomes vi pela primeira vez, e certamente foram bastante irrelevantes na história da equipe.
 
Há também um erro na data de nascimento de Senna, que consta como 02 de março, mas na verdade corresponde a 21 do mesmo mês.
 
McLaren MP4/8 de 1993
Imagem: Abload
 
 
Confiram o Top Ten:
1)      Ayrton Senna
2)      Mika Hakkinen
3)      Alain Prost
4)      James Hunt
5)      Emerson Fittipaldi
6)      Niki Lauda
7)      Keke Rosberg
8)      David Coulthard (?!?)
9)      Peter Revson (quem?)
10)    John Watson
 
Para ver todos os 50 pilotos e maiores informações sobre suas passagens pela McLaren acessem o site da equipe: www.mclaren.com
 
 
Referências: