Este Blog tem como objetivos: trazer informações técnicas, teóricas e empíricas sobre automóveis de rua (características, consumo, manutenção, comparativos, cuidados com lavagem e enceramento); rever a história do piloto Ayrton Senna, detalhando os GPs disputados; comentar eventualmente a F1 atual e outras categorias, utilizando elementos de metodologia científica na elaboração dos textos.
Em 1993 estréia na Formula 1 pela equipe Jordan, que nos dois anos seguintes apresenta um chassi equilibrado mas o modesto motor Hart necessitava de potência.
Rubens competiu na F1 de 1993 a 2011, completando 19 temporadas e é o recordista de participações, com 326 GPs, 11 vitórias, 68 pódios, 14 poles e 17 voltas mais rápidas. Conquistou dois vice campeonatos, e atualmente compete na Formula Indy integrando a KV Racing.
É um exemplo de pai, de uma pessoa humilde, basta assistir as entrevistas concedidas em todos os momentos de sua carreira, desde o Roda Viva de 1995, até as mais recentes, como a concedida a Reginaldo Leme no programa Linha de Chegada, em 2012. Chegou à F1 como o novo nome brasileiro a brilhar nas pistas. Com a morte de Ayrton, toda a pressão do país caiu, injustamente, sobre seus ombros. Pressão assumida também por ele mesmo. Mas viveu fazendo o que gosta, e ganhando muito bem para isso.
Há muito mais para se falar de Barrichello, mas vou deixar para outros posts.
Parabéns Rubens, sucesso nas 500 milhas de Indianápolis no próximo final de semana e como você diz no seu twitter: #tamojunto.
Lá nos idos de 1997, início da popularização da internet, lembro de rumores a respeito de um filme sobre Ayrton Senna produzido por Hollywood, com indicações de que o piloto seria interpretado por Robert Redford. Anos se passaram e não houve nenhuma nova menção ao projeto. Em 2010 foi veiculado o documentário "Senna" (que em breve será abordado neste blog) e agora surge a notícia que o ator brasileiro Rodrigo Santoro está cotado para viver o piloto no cinema.
O próprio Rodrigo confirmou, em entrevista ao site Collider, que está em negociação neste que denomina ser um "grande projeto" internacional, com diversos países envolvidos na produção do longa metragem.
O ator descreve Senna como um herói no Brasil e como uma enorme personalidade para o país, e que tem sido muito cuidadoso e respeitoso na forma como deverá interpretar Ayrton nas telas, além de destacar que a família Senna deverá ser consultada ativamente para a elaboração do filme.
Santoro tenta ser comedido ao falar do projeto, pois tudo ainda está em fase inicial. O entrevistador Steve do Collider, afirma haver certa semelhança entre os dois, mas um dos comentários de internautas no site americano destaca o ator Lukas Haas, como mais parecido. A princípio não concordei, mas observando algumas fotos o achei semelhante a seu irmão, Leonardo Senna.
A entrevista segue relatando que a F1 não é tão popular nos EUA, mas que o documentário ajudou a resgatar um pouco da sua história, e que Senna era um rockstar no Japão, e Europa. Rodrigo diz que será uma honra para ele caso o projeto siga adiante.
Algo a estudar é se o filme utilizará imagens reais nas situações de corrida. Caso positivo, será necessário adquirir uma série de concessões em relação aos diversos anunciantes do esporte, muitos, de produtos que nem mais existem, a não ser que o aval de Bernie Ecclestone seja suficiente.
Certa feita perguntei ao amigo Claudio, que estava em dúvida se iria assistir ao documentário "Senna" no cinema, quando ele iria ter outra chance de ver Formula 1 no cinema. Ele não foi e depois se arrependeu. Breve poderá surgir outra oportunidade.
Primeiro de maio de 2012, 18 anos da morte de Ayrton Senna. Uma data que remete àquele fim de semana de absurdos, que culminaram na morte de dois pilotos.
A lembrança daquela época traz de volta o sentimento de perda e angústia, por ver interrompida uma carreira que certamente traria ainda muitas vitórias para o Brasil, visto que seria três anos na Williams e talvez a aposentadoria na Ferrari, em 1997, como o piloto sempre desejou, e quem sabe construção do Ayrton Senna Team, sua própria equipe com talentos brasileiros, talvez até Bruno Senna, enfim, especulações.
Por outro lado, a partir de então revelou-se uma outra face do piloto. A do ser humano, que longe dos holofotes da mídia realizava doações regulares a hospitais, instituições e pessoas necessitadas. É o que diferia Senna de outros pilotos, de outros esportistas, de outras pessoas.
“Vai o homem, mas fica seu legado”. Não somente o legado de conquistas, mas também e principalmente seu legado moral. Um exemplo em uma época de um país desacreditado.
E para lembrar ou conhecer mais de perto sua história, seguem algumas indicações de livros:
Obrigado Ayrton, do italiano Paolo D’Alessio. Li este livro em alguns dias visitando diariamente a livraria Civilização Brasileira da Avenida Sete de Setembro, Centro de Salvador, em 1995, cerca de um ano após a morte de Senna. Anos após consegui comprá-lo por apenas R$10,00. É na verdade um registro fotográfico da carreira do piloto na Formula 1, com excelentes imagens e um texto melancólico em muitos momentos (já que foi publicado ainda em 1994), e uma narrativa sucinta sobre cada temporada. O livro traz ainda listas com local e data de todas as suas pole positions e vitórias, algo muito interessante em uma época pré-internet.
Ayrton Senna. Sua Vitória, Seu Legado, da alemã Karin Sturm. Este foi o primeiro que comprei (fui presenteado na verdade) sobre Ayrton Senna, por volta de 1996-97. Prefaciado por Gerhard Berger, seu amigo mais próximo no paddock. Apresenta uma narrativa não linear, com idas e vindas sobre a carreira do piloto, com bons detalhes técnicos e muitas fotos, em capítulos assim denominados: Vencer é como uma droga – As mais belas vitórias de uma carreira de sonhos; Apenas somos totalmente diferentes - A longa disputa com Alain Prost; Não se consegue vencer o sistema – As lutas com o poder e as críticas; O maior desafio – Mônaco, um lugar especial; Limite máximo – Senna o rei da pole position; Magic Senna – A busca da perfeição absoluta; Eu não sou máquina – O outro lado de Ayrton Senna, dentre outros. O livro apresenta também uma série de declarações de Senna à imprensa, e detalhados episódios ocorridos nas pistas, como após vencer em Donington em 1993: “Ganhar com material inferior, mostrar, enfim quem era o melhor, isso o gratificava muito”. Além de citações e depoimentos de pilotos como Martin Brundle, H.H. Frentzen e David Coulthard, além de Ron Dennis e Frank Williams. Informa também no final seus títulos conquistados no kart e o resultado de todas as corridas desde a Formula Ford 1600 até a Formula 1.
Ayrton Senna. Uma lenda a toda velocidade – Uma jornada interativa, do inglês Christopher Hilton, autor também de outros livros sobre Senna e outros pilotos. Este é um livro mais recente, adquirido em 2010. É uma edição de luxo que vem em uma caixa, e traz como diferencial uma série de cópias de documentos, como credenciais de acesso às pistas, adesivos comemorativos de vitórias e títulos, cartões de equipes, tabelas de cronometragem, cartas etc. De fato uma jornada interativa. Apresenta também vários relatos, descrições de corridas, entrevistas e muitas e ótimas fotos. Este livro promete mostrar um lado mais pessoal do piloto, mas acredito que neste ponto o próximo livro teve mais êxito.
Ayrton – O Herói Revelado, do brasileiro Ernesto Rodrigues. Adquirido há poucos dias com grande dificuldade, pois foi lançado em 2004 e não conseguia encontrar à venda exemplares novos, apenas usados, mas localizei em uma loja virtual. Edição de bolso com cerca de 700 páginas que serão rapidamente devoradas. Há uma edição maior com fotos, mas não estava disponível. Aqui encontram-se relatos de dentro e fora das pistas, contudo com maior enfoque no homem Ayrton do que no mito Senna, suas experiências, erros e acertos, a exemplo de um diário, porém, escrito por outra pessoa, bem diferente dos livros publicados por outros autores.
Primeiro de maio de 1994, um dia triste em que assistia a uma corrida aos 16 anos, enquanto “arranhava” o violão tentando aprender a tocar Unchained Melody com uma revista cifrada. Primeiro de maio de 2012, alternando entre o computador e minha filha de um ano que acabara de acordar (que eventualmente assiste comigo os GPs) e que tentou insistentemente participar deste texto teclando comigo. “Vai o homem, mas fica seu legado”.